Nobel de Economia premia trio por estudos sobre prosperidade entre nações
Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson foram laureados por ajudarem a entender as diferenças de prosperidade entre as nações
A Academia Real de Ciências da Suécia decidiu nesta segunda-feira, 14, conceder o Prêmio Nobel de Economia ao trio Daron Acemoglu, Simon Johnson e James Robinson “por estudos sobre como as instituições são formadas e afetam a prosperidade”.
Os laureados ajudaram a entender as diferenças de prosperidade entre as nações, demonstrando “a importância das instituições sociais para a prosperidade de um país”.
“Sociedades com um Estado de Direito pobre e instituições que exploram a população não geram crescimento ou mudança para melhor. A pesquisa dos laureados nos ajuda a entender o porquê”, acrescentou.
Daron Acemoglu e Simon Johnson, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e James Robinson, da Universidade de Chicago, mostraram que uma explicação para as diferenças na prosperidade dos países são as instituições sociais introduzidas durante o processo de colonização europeia.
“Instituições inclusivas foram frequentemente introduzidas em países que eram pobres quando foram colonizados, resultando ao longo do tempo em uma população geralmente próspera. Esta é uma razão importante para o porquê de antigas colônias que antes eram ricas agora serem pobres, e vice-versa”, afirmou a academia ao divulgar o prêmio.
“Alguns países ficam presos em uma situação com instituições extrativistas e baixo crescimento econômico. A introdução de instituições inclusivas criaria benefícios de longo prazo para todos, mas as instituições extrativistas fornecem ganhos de curto prazo para as pessoas no poder. Enquanto o sistema político garantir que elas permanecerão no controle, ninguém confiará em suas promessas de futuras reformas econômicas”, continuou.
“Essa incapacidade de fazer promessas confiáveis de mudança positiva também pode explicar por que a democratização às vezes ocorre. Quando há uma ameaça de revolução, as pessoas no poder enfrentam um dilema. Elas prefeririam permanecer no poder e tentar apaziguar as massas prometendo reformas econômicas, mas é improvável que a população acredite que não retornará ao antigo sistema assim que a situação se acalmar. No final, a única opção pode ser transferir o poder e estabelecer a democracia”, completou.
Segundo o presidente do Comitê do Prêmio em Ciências Econômicas, Jakob Svensson, reduzir as vastas diferenças de renda entre países é “um dos maiores desafios do nosso tempo”.
“Os laureados demonstraram a importância das instituições sociais para atingir isso”, disse.
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