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ONU acusa Israel de genocídio e revolta especialistas

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Alexandre Borges
3 minutos de leitura 11.10.2024 06:38 comentários
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ONU acusa Israel de genocídio e revolta especialistas

Relatório da ONU minimiza atrocidades do Hamas e culpa Israel por crise humanitária

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ONU acusa Israel de genocídio e revolta especialistas
Foto: Reprodução

Um relatório da Organização das Nações Unidas gerou revolta entre especialistas ao responsabilizar Israel pelas condições humanitárias em Gaza, ignorando as atrocidades cometidas pelo Hamas.

A professora Anne Bayefsky, diretora do Touro Institute on Human Rights and the Holocaust, criticou duramente o documento, afirmando que ele manipula a narrativa dos fatos e promove “fraude legal” ao inverter responsabilidades entre Israel e o grupo terrorista.

O professor Gerald Steinberg, diretor da ONG Monitor, também expressou sua indignação, descrevendo o documento como reflexo de uma obsessão anti-Israel” dentro da ONU. Segundo Steinberg, a acusação de genocídio contra Israel é “uma manipulação deliberada” destinada a inflamar tensões, enquanto as ações do Hamas são negligenciadas.

Outro especialista, Hillel Neuer, diretor executivo da UN Watch, foi ainda mais incisivo em suas críticas. “O Hamas tem como objetivo declarado a destruição de Israel, o que configura genocídio em sua essência. No entanto, a ONU não só ignora isso como inverte a responsabilidade, culpando Israel pelas consequências das ações do Hamas”, disse Neuer. Ele classificou o relatório como “desonesto e tendencioso”, acusando a comissão de incitar o ódio e o terrorismo.

A comissão responsável pelo relatório, liderada pela ex-comissária da ONU, Navi Pillay (foto), é conhecida por sua postura crítica a Israel. O relatório alega que o cerco imposto por Israel à Faixa de Gaza é o principal motivo da escassez de alimentos, água e medicamentos, afetando até mesmo os reféns israelenses mantidos pelo Hamas.

A acusação de que Israel utiliza a fome como “método de guerra” é um dos pontos que mais indignaram especialistas, como Bayefsky, que apontam que o documento desconsidera os esforços israelenses de enviar ajuda humanitária, muitas vezes saqueada pelo Hamas.

Bayefsky também destacou a omissão do relatório em relação ao uso de hospitais pelo Hamas para fins militares, como esconderijos de armas e túneis. Segundo a professora, há evidências abundantes de que o grupo terrorista transforma instalações civis em alvos, colocando a própria população palestina em risco. Contudo, o relatório da ONU, em vez de condenar essas ações, critica as operações israelenses que visam desmantelar essa rede de terror.

Outro ponto polêmico do documento é a comparação das ações de Israel com crimes nazistas, ao afirmar que as operações israelenses podem constituir genocídio. Bayefsky, no entanto, argumenta que a ONU ignora o fato de que o próprio Hamas possui como objetivo declarado a destruição do Estado de Israel, o que, segundo ela, configura genocídio em sua essência.

As críticas ao relatório reacendem o debate sobre o antissemitismo presente em algumas instâncias da ONU, acusada por Israel de ter uma postura desproporcionalmente crítica ao país. Segundo Bayefsky, é necessário que os responsáveis pelo relatório sejam “responsabilizados por incitação ao terrorismo e disseminação de antissemitismo letal”.

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