Deputado exonera assessor suspeito de participar da ‘Abin Paralela’
O ex-assessor da Câmara dos Deputados Daniel Ribeiro Lemos é suspeito de disseminar notícias falsas a "agentes estrangeiros"
O deputado federal Pedro Jr. (PL-TO) informou que demitiu Daniel Ribeiro Lemos, que estava lotado em seu gabinete. O assessor parlamentar foi preso pela Polícia Federal e é suspeito de participar de suposta utilização da estrutura da Agência Brasileira de inteligência (ABIN) para monitorar autoridades durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O esquema investigado pela PF ficou conhecido como “Abin Paralela”. A prisão correu no arcabouço da operação Última Milha.
A Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão em dois endereços do assessor, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Nota
“Assim que tomei conhecimento do ocorrido, determinei a imediata exoneração do Sr. Daniel Ribeiro Lemos, a fim de assegurar a isenção necessária para que ele possa responder às acusações que lhe foram imputadas. Acredito na importância de um processo justo e transparente, onde todos têm o direito de defesa e o dever de cumprir a lei”, afirmou o deputado Pedro Jr. em nota divulgada nesta tarde.
E completou: “Reitero que não compactuo com qualquer tipo de irregularidade, desvio de conduta, nem com a propagação de fake news ou desinformação”.
Segundo o jornal O Globo, o suspeito recebia conteúdos de desinformação produzidos pela “Abin Paralela” e depois os “enviava a agentes estrangeiros, induzido-os ao erro”. A PF ainda teria divulgado, nesta quinta-feira que “mesmo após a desarticulação do grupo, Daniel continuou difundindo notícias falsas por meio de redes sociais”.
Os alvos da operação devem responder por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações, invasão de dispositivo informático alheio e organização criminosa.
Última milha
A operação Última Milha visa desmantelar uma suposta rede de espionagem que envolve ex-funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e influenciadores digitais. Esses indivíduos são envolvidos no que tem sido popularmente chamado de “gabinete do ódio”.
A complexidade desta rede sugere uma organização altamente estruturada, apta a realizar atividades ilícitas de grande escala, incluindo monitoramento ilegal de figuras públicas e disseminação de informações falsas.
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