Após orçamento secreto, prefeitos conseguem maior taxa de reeleição da história
A cada dez candidatos que tentaram reeleição no domingo, oito obtiveram êxito; nas cidades com mais emendas, índice de reeleição foi de 98%
Após a instituição de medidas como as emendas de transferência especial (também chamadas de emendas Pix) e o orçamento secreto, a taxa de reeleição de prefeitos foi a maior da história.
Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que a cada dez candidatos que tentaram se manter no cargo, oito obtiveram êxito. Dos 3.006 que declararam concorrer à reeleição, 2.444 já conseguiram se reeleger, segundo a entidade.
Historicamente, segundo a entidade, o índice de reeleição está na casa dos 60%. Em 2016, no entanto, esse percentual foi de 49%.
No caso específico das cidades mais beneficiadas com emendas parlamentares, segundo levantamento da Folha de S. Paulo, quase a totalidade dos 116 prefeitos que foram mais aquinhoados com esse tipo de recurso foi reeleita no domingo. Dados da Folha apontam que entre esses gestores, a taxa de reeleição foi de 98%. Estes prefeitos foram reeleitos, em média, com 72% dos votos válidos.
Já segundo o Estadão, candidatos apoiados por parlamentares campeões em liberação de emendas parlamentares foram eleitos com largam margem. De 28 cidades analisadas pelo jornal, em 25 o chefe do Poder Executivo era apadrinhado por um deputado ou senador líder em liberação de emenda parlamentar.
Segundo o levantamento da CNM, o PSD foi o partido com a maior quantidade de prefeitos eleitos, foi o que apresentou o maior percentual de sucesso nas disputas eleitorais (51%).
Isso equivale a dizer que a cada duas candidaturas do partido, uma se sagrou vitoriosa. Outros partidos que apresentaram taxas elevadas de sucesso foram PP (50%), União Brasil (46%) e MDB (45%). Os 5.471 candidatos eleitos até o momento são pertencentes a 24 partidos políticos diferentes. Em torno de 65% dos eleitos pertencem a somente cinco partidos: PSD (878 ou 16%), MDB (847 ou 15%), PP (743 ou 14%), UNIÃO (578 ou 11%) e PL (510 ou 9%).
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