Crusoé: Congresso mantém veto de Milei a fundos a universidades
Financiamento das universidades públicas levou, em abril, ao maior protesto nas ruas de Buenos Aires desde o início do mandato de Milei
A Câmara dos Deputados da Argentina manteve, nesta quarta-feira, 9 de outubro, o veto do presidente Javier Milei a um projeto de lei que previa fundos às universidades públicas.
A oposição ficou a seis votos de conseguir os 166 necessários para derrubar o veto. O limite equivale a dois terços dos presentes na sessão.
O texto vetado previa aumento da verba a 60 universidades públicas ajustado à inflação a cada bimestre. Diversas instituições anunciaram greve para esta quinta-feira, 10, após a votação na Câmara.
O financiamento das universidades públicas levou, em abril, ao maior protesto nas ruas de Buenos Aires desde o início do mandato de Milei.
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A manifestação em Buenos Aires em 23 de abril contra os cortes de verbas em universidades públicas na gestão Milei não começou com cartazes nem tambores.
Às 12h, poucas dezenas de estudantes de medicina da Universidade de Buenos Aires (UBA) já se agrupavam para ter aulas de biologia celular ao ar livre na praça em frente à faculdade, de onde partiria o ato desta terça.
Maior universidade da Argentina, a UBA entrou em abril em um sistema de racionamento de luz, com entradas e corredores das faculdades sem iluminação.
Ainda não se cortou a luz das salas de aula, todavia.
Professor responsável pela classe de biologia celular ao ar livre, Tomás Falzone explica que a iniciativa se deu por motivos simbólicos.
“Poderíamos ter ficado na sala, mas hoje é um dia para mostrar à sociedade o que fazemos. Então, levamos os estudantes à praça para dar uma aula pública”, diz Falzone, que leciona na UBA desde 2010...
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