Zelensky estaria disposto a concessões para o fim da guerra?
Segundo a agência de notícias Bloomberg, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estaria cada vez mais disposto a fazer concessões para acabar com a guerra
Segundo a agência de notícias Bloomberg, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, estaria cada vez mais disposto a fazer concessões para acabar com a guerra. Fontes próximas da Otan e pessoas familiarizadas com os acontecimentos em Kiev teriam dito à Bloomberg que Zelensky está se tornando “mais flexível”.
Segundo a Bloomberg, trata-se de concessões territoriais à Rússia e de possível desistência de adesão da Ucrânia à Otan.
Até agora, Kiev recusou-se oficialmente a alterar os seus dois objetivos – a adesão à Otan e a retirada total das tropas russas dos territórios ocupados. Mas quanto mais a guerra durar, escreve Bloomberg, maior será a pressão sobre Zelensky para agir.
No que diz respeito à adesão da Ucrânia à Otan, que a Rússia deseja absolutamente impedir, os EUA poderiam, em vez disso, dar a Kiev extensas garantias de segurança, escreve a “Bloomberg”. Mas, para desempenhar qualquer papel de moeda de troca com a Rússia, Kiev teria primeiro de receber um convite oficial da Otan para se tornar membro. Só então a renúncia de Kiev à adesão durante as negociações poderia ser uma concessão à Rússia.
Mais detalhes da futura política para a Ucrânia deveriam ser discutidos durante a visita do Presidente dos EUA, Joe Biden, à Alemanha esta semana. Biden, porém, cancelou a sua visita à Alemanha por causa do furacão Milton. E uma reunião militar de alto nível de apoiadores da Ucrânia (o chamado “formato Ramstein”) marcada para o sábado na base norte-americana de Ramstein, na Renânia-Palatinado, também foi cancelada, conforme confirmou o Exército dos EUA
Autoridades dos EUA pediram a Kiev que delineasse o que precisa até o próximo ano, incluindo equipamento militar, assistência ao desenvolvimento industrial e apoio financeiro, de acordo com a Bloomberg.
Campanha “munições para a Ucrânia”
Na Eslováquia, particulares doaram mais de quatro milhões de euros para a compra de material de guerra para a Ucrânia. A campanha “Munições para a Ucrânia”, na qual participaram 70.000 eslovacos, foi lançada depois de o governo do primeiro-ministro Robert Fico ter cancelado a ajuda militar estatal ao país vizinho. A mídia eslovaca noticiou isso na terça-feira, 8 de outubro.
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Comentários (1)
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
09.10.2024 09:16A fonte da Bloomberg deve ser alguém muito ligado ao cada vez mais desesperado Putin. Faltam tropas russas para servirem de avanços de carne, no último mês foram mais de 1200 perdas diárias em média, estão até utilizando as tropas norte coreanas, prisões já foram desativadas na Russia, 40% do orçamento Russo está comprometido com o esforço de guerra, os avanços recentes foram após mais de 2 anos de combates, Kiev tem sistematicamente bombardeado refinarias e depósitos russos de combustíveis, as perdas de blindados são enormes e sem reposição adequada em função dos embargos. Mais 1 ano de guerra e a Russia entra em falência e será o fim do Putin.