Damares para Galípolo: “Lua de mel com Lula e Haddad vai acabar”
Senadora elogiou a 'simpatia' do sabatinado e "lamentou" que ele será presidente do Banco Central em "um governo de esquerda"
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) elogiou a ‘simpatia’ do sabatinado pela presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo, e “lamentou” que ele será presidente do Banco Central em “um governo de esquerda”. Damares deu a Galípolo o seguinte conselho: “A lua de mel entre Paulo Guedes e Roberto nem sempre foi de verdade. A sua lua de mel com Haddad vai acabar, vou lhe informar isso, se prepare. A sua lua de mel com Lula vai acabar, se prepare para isso. Mas é nesse momento que um presidente de Banco Central vai ter um papel muito importante para o Brasil”.
A parlamentar, que foi ministra da Mulher e dos Direitos Humanos no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, incentivou que o indicado de Lula tenha postura independente em relação ao governo Lula. “Nunca perca sua identidade e sua autonomia para agradar lado A ou lado B. Mantenha-se como presidente de Banco Central. Esse foi um dos sucessos do governo Bolsonaro: o respeito à autonomia e posição do Banco Central”.
Autonomia até a página 2
Apesar do conselho de Damares, Galípolo já marcou posição por limitar a autonomia do BC ao caráter operacional, de acordo com o que defende o presidente Lula. “A gente só pode, até a adolescência, achar que a gente faz o que a gente entende, do jeito que a gente bem entende. Depois a gente não pode mais achar isso. A autonomia funciona da seguinte maneira: as metas estabelecidas e os objetivos estabelecidos são estabelecidos pelo Poder democraticamente eleito. Cabe ao Banco Central perseguir essas metas”.
Campos Neto
Indicado pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro, o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defende que a autoridade monetária está a ‘asfixiada’ pela falta de autonomia administrativa e financeira. “Estamos com os recursos humanos muito estrangulados”.
Ele destacou que a verdadeira autonomia só será alcançada quando houver independência tanto administrativa quanto financeira. Citou um estudo do economista Tobias Adrian, do Fundo Monetário Internacional (FMI), que revelou que, para 72% dos banqueiros centrais, a autonomia financeira é considerada a mais importante.
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