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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 08.10.2024 13:26 comentários
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O ano mais quente da história

Nova análise do observatório Copernicus aponta que 2024 está a caminho de superar 2023 como o ano mais quente já registrado

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O ano mais quente da história
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Dados recentes do observatório europeu Copernicus indicam que 2024 pode destronar 2023 como o ano mais quente da história. Entre janeiro e setembro, a temperatura média global já superou a de 2023, atingindo uma alta de 0,71°C em relação à média registrada entre 1991 e 2020.

Este aumento de temperatura é 0,19°C superior ao registrado no mesmo período de 2023, que até então detinha o título de ano mais quente.

Para que 2024 não quebre esse recorde, a média global precisaria cair cerca de 0,4°C entre outubro e dezembro, uma redução inédita na série histórica.

De acordo com os cientistas europeus, as chances disso ocorrer são extremamente baixas, tornando “quase certo que 2024 será o ano mais quente já documentado“.

O mês mais quente já registrado

Os dados mais recentes apontam que o aquecimento global segue em ritmo acelerado. O mês de setembro de 2024 foi o segundo mais quente já registrado, ficando atrás apenas de setembro de 2023.

A temperatura média da superfície terrestre em setembro foi de 16,17°C, o que representa um aumento de 0,73°C em comparação à média histórica de 1991 a 2020.

Quando comparado ao período pré-industrial (1850-1900), setembro deste ano teve uma temperatura média 1,54°C superior, marcando o 14º mês dos últimos 15 em que as temperaturas globais ultrapassaram 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. A marca de 1,5°C é considerada pelos especialistas como o limite crítico para evitar as consequências mais severas das mudanças climáticas.

Desafios para evitar o aquecimento global extremo

Apesar de o planeta já ter ultrapassado temporariamente a marca de 1,5°C em diversas ocasiões, os cientistas afirmam que esse patamar ainda não foi rompido de maneira definitiva. Para isso, seriam necessários vários anos com temperaturas consistentemente acima desse limite.

No entanto, o Acordo de Paris, assinado em 2015, estabelece que os países devem trabalhar para manter o aquecimento global abaixo desse patamar, a fim de minimizar os impactos das mudanças climáticas. As temperaturas elevadas têm provocado eventos climáticos extremos ao redor do mundo, como secas, ondas de calor e tempestades mais intensas.

As anomalias de temperatura em setembro foram observadas em várias regiões do globo. Na Europa, por exemplo, grande parte do leste e do nordeste do continente registrou temperaturas acima da média. No Canadá, Estados Unidos, América do Sul, nordeste da África, China e Japão, o cenário também foi de calor intenso.

Apesar de o fenômeno climático La Niña ter resfriado algumas áreas do Oceano Pacífico, as temperaturas da superfície oceânica continuaram elevadas em diversas regiões. Este aquecimento contribuiu para a intensificação de eventos climáticos extremos, como furacões e tempestades.

Chuvas intensas e secas prolongadas

Em setembro de 2024, tempestades severas atingiram diversas regiões, incluindo a Europa central e oriental, onde a tempestade Boris causou inundações e destruição. A América do Norte também foi impactada, com o furacão Helene provocando estragos significativos. No extremo sul do Brasil, a precipitação esteve acima da média, causando transtornos.

Por outro lado, algumas áreas enfrentaram condições de seca, como a Irlanda, o norte do Reino Unido e a Península Ibérica, onde incêndios florestais devastaram vastas áreas. A América do Sul, incluindo o Brasil, também enfrentou um período de seca intensa, o que agravou os incêndios florestais em várias regiões.

Segundo Samantha Burgess, diretora-adjunta do Serviço de Mudança Climática do Copernicus, a tendência de eventos climáticos extremos se intensificará à medida que as temperaturas globais continuarem subindo. Para mitigar esses riscos, a redução das emissões de gases de efeito estufa é crucial.

O risco de chuvas intensas e eventos extremos vai aumentar com o aquecimento. Quanto mais cedo atingirmos emissões líquidas zero, mais rápido poderemos diminuir esses impactos“, afirmou Burgess. O cenário exige ação urgente para evitar as consequências mais graves das mudanças climáticas.

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