De acordo com os militares ucranianos, as forças russas avançaram para os arredores da cidade de Torezk, na linha de frente do leste da Ucrânia. “A situação é instável, os combates ocorrem literalmente em todas as entradas da cidade”, disse Anastasia Bobovnikova, porta-voz do Grupo Tático Operacional de Luhansk, à televisão estatal ucraniana.

As unidades russas já abriram caminho em direção à mina central de carvão da cidade. O avanço ocorre menos de uma semana após a queda da cidade vizinha de Wuhledar.

Antes da invasão russa, mais de 30 mil pessoas viviam na cidade mineira da região de Donetsk. Apesar dos combates, milhares de pessoas ainda resistem na área urbana fortemente danificada.

De acordo com o Estado-Maior Ucraniano, também ocorreram combates intensos, especialmente na seção do front entre Pokrovsk e Kurakhove. De acordo com observadores militares de ambos os lados, as tropas ucranianas estão sob pressão crescente perto da cidade de Selydove.

A Rússia controla atualmente quase um quinto do território ucraniano e avança sobre Toretsk desde agosto. Para Moscou, a tomada da cidade aproximaria Vladimir Putin do seu objetivo de conquistar o Donbass.

Analistas militares ucranianos alertam que a queda de Toretsk poderia comprometer importantes rotas de abastecimento das forças armadas ucranianas.

Exército russo captura mais duas aldeias perto de Pokrovsk

O exército russo capturou mais duas aldeias no leste da Ucrânia, segundo o Ministério da Defesa. As aldeias de Soryane e Zolota Nyva, na região de Donetsk, foram “libertadas”, informou o ministério na terça-feira, 8 de outubro. Com as conquistas, o exército melhorou a sua posição tática. Ambas as cidades ficam a cerca de 30 e 70 quilômetros de Pokrovsk.

O exército russo relata ganhos de terreno quase diariamente à medida que avança sobre a cidade logisticamente importante. Na semana passada, Moscovo capturou a cidade de Vuhledar, na região de Donetsk, disputada desde o início da guerra.

Biden, Sholz, Macron e Starmer

O presidente dos EUA, Joe Biden, está planejando uma reunião a quatro com o chanceler Olaf Scholz (SPD), o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer durante sua visita a Berlim no sábado. Tal como anunciaram na terça-feira os círculos governamentais em Berlim, o foco das conversações será principalmente sobre a guerra na Ucrânia e o conflito no Médio Oriente.

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