“A entrevista de Kamala Harris ao 60 Minutes foi um desastre”
Freddy Gray, editor britânico, afirma que a vice-presidente dos EUA falhou ao lidar com perguntas diretas em uma entrevista, destacando suas fragilidades como candidata
Freddy Gray, editor da The Spectator, publicou nesta terça, 8, um artigo intitulado “A entrevista de Kamala Harris ao 60 Minutes foi um desastre no nível de Prince Andrew”.
O texto examina o desempenho da vice-presidente Kamala Harris em sua entrevista ao programa 60 Minutes, transmitida na noite anterior. A conversa, conduzida por Bill Whitaker, foi marcada por perguntas incisivas sobre temas como imigração, economia e a guerra no Oriente Médio, que a candidata teve dificuldade em responder de maneira convincente.
Gray inicia destacando que Whitaker fez o que poucos jornalistas conseguiram desde que Kamala Harris assumiu a vice-presidência: “Ele fez jornalismo. Ele fez perguntas desafiadoras sobre o que mais importa para os eleitores.” No entanto, a resposta da democrata foi lamentável, o que levou o autor a compará-la com a infame entrevista do Príncipe Andrew, marcada por constrangimento e evasão.
Na questão da imigração, Whitaker pressionou a vice-presidente sobre o aumento do fluxo de imigrantes ilegais. Quando questionada diretamente se teria sido um erro afrouxar as políticas migratórias no início da administração Biden-Harris, Kamala Harris respondeu de forma vaga, culpando Donald Trump e o Congresso: “O Trump disse aos seus aliados no Congresso: ‘Matem o projeto, não o deixem avançar’”.
O entrevistador persistiu, apontando que o número de imigrantes ilegais havia quadruplicado nos primeiros três anos do governo Biden. A candidata respondeu com mais evasivas, argumentando que “soluções estavam sendo oferecidas desde o primeiro dia.”
Ao ser pressionada sobre o aumento expressivo de imigrantes, a democrata simplesmente repetiu: “As políticas que estamos promovendo têm como objetivo resolver o problema, não promovê-lo”. Gray ironizou, afirmando que, quando confrontada com perguntas sérias, Kamala Harris “mal funcionou”, comparando seu desempenho a um “robô”.
Na segunda parte da entrevista, a vice-presidente foi questionada sobre o conflito entre Israel e Hamas. Mais uma vez, suas respostas foram genéricas e vagas, sem abordar diretamente a questão. Quando perguntada se o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estaria ignorando os pedidos americanos por um cessar-fogo, a democrata apenas reafirmou que o diálogo diplomático é uma “busca contínua”. Gray sublinha que essa dificuldade em fornecer respostas claras enfraquece sua imagem como candidata capaz de liderar.
Quando o assunto foi economia, Kamala Harris voltou a repetir jargões: “Meu plano é sobre dizer que, quando você investe em pequenas empresas, você investe na classe média e fortalece a economia dos Estados Unidos.” Questionada sobre como financiaria seus planos trilionários, a candidata apenas disse que “os ricos pagariam sua parte justa”. A resposta vaga novamente não ofereceu clareza.
Gray encerra a análise observando que “quanto mais os eleitores veem Kamala Harris, menos confiança têm nela”. O autor menciona que, horas antes da entrevista ir ao ar, as apostas a favor de Donald Trump subiram nas casas de apostas, sugerindo que a performance da vice-presidente na entrevista pode ter um impacto negativo significativo em sua campanha.
Quem é Freddy Gray
Freddy Gray é editor britânico da revista The Spectator, onde também apresenta o podcast Americano, que discute temas políticos com foco nos Estados Unidos. Gray é conhecido por sua análise crítica da política americana e suas opiniões sobre questões internacionais. Como jornalista de longa data, ele tem se destacado pela abordagem irreverente e mordaz ao tratar de assuntos políticos.
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