Shapiro: ataque de 7 de outubro não teria ocorrido sem apoio de Biden ao Irã
Em discurso, Ben Shapiro acusa governo Biden-Harris de enfraquecer Israel ao adotar postura amigável com o Irã
Ben Shapiro, editor emérito do Daily Wire, afirmou que o ataque de 7 de outubro de 2023, realizado pelo Hamas contra Israel, não teria ocorrido sem o apoio indireto da administração Biden-Harris ao regime iraniano.
Em um discurso nesta segunda, 7, na Universidade de Yale, Shapiro criticou duramente a postura do governo dos Estados Unidos no Oriente Médio e culpou Joe Biden por enfraquecer a posição de Israel ao tentar reaproximar-se do Irã.
“O 7 de outubro nunca teria acontecido se a administração Biden não tivesse começado a flertar com a República Islâmica do Irã”, disse Shapiro, referindo-se ao financiamento do Irã para grupos como Hamas e Hezbollah. Ele enfatizou que as ações do governo americano permitiram que o Irã ganhasse força na região, incentivando ataques contra Israel.
Shapiro argumentou que o governo Biden falhou em apoiar adequadamente Israel após o ataque de 2023, deixando de permitir que o país agisse com a liberdade necessária para se defender. “Os EUA não deveriam gerenciar as guerras de seus aliados. É uma ideia estúpida, especialmente quando os inimigos da América veem qualquer fraqueza como um sinal de que os EUA não estão dispostos a defender seus aliados”, criticou.
O comentarista também mencionou uma entrevista recente de Kamala Harris ao programa “60 Minutes”, em que a vice-presidente evitou chamar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de “aliado”. Para Shapiro, a hesitação e as críticas ao governo israelense mostram um enfraquecimento da relação entre os dois países.
Encerrando sua fala, Shapiro destacou que, sob uma liderança mais firme, Israel já teria assinado os Acordos de Abraão com a Arábia Saudita, consolidando a paz na região. “O Irã não teria o espaço que tem hoje para financiar e apoiar terroristas como o Hamas”, concluiu.
Acordos de Abraão enfrentam oposição do Hamas e grupos terroristas
Os Acordos de Abraão, assinados em 2020 com a mediação dos Estados Unidos, são considerados um marco diplomático no Oriente Médio, promovendo a normalização das relações entre Israel e países árabes como Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão.
Com o objetivo de estabelecer cooperação econômica, tecnológica e de segurança, os acordos têm como propósito aumentar a estabilidade na região e isolar o Irã, aliado de grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah.
No entanto, esses grupos terroristas, que rejeitam a existência do Estado de Israel, condenam os acordos, considerando uma traição à causa palestina. Para o Hamas, a normalização das relações entre Israel e os países árabes enfraquece a posição dos palestinos e legitima as políticas israelenses sem exigir concessões.
Além disso, os grupos terroristas veem os Acordos de Abraão como uma tentativa dos países árabes de abandonar a luta palestina em benefício de interesses econômicos e estratégicos. A normalização das relações entre Israel e seus vizinhos árabes desafia a narrativa dos terroristas, criando uma nova dinâmica de paz e cooperação que ameaça enfraquecer a influência desses grupos na região.
Os Acordos de Abraão, além de promoverem uma nova era de cooperação no Oriente Médio, representam um golpe significativo na agenda de grupos como Hamas e Hezbollah, que veem na paz com Israel uma ameaça à sua ideologia e ao seu poder.
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