Apesar de chegar ao primeiro turno com tendência de alta nas pesquisas e tecnicamente empatado com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) não conseguiu superar seus principais adversários e ficou em terceiro lugar na capital paulista, com 28,14% dos votos.

Como apontaram Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira na cobertura especial de O Antagonista no Youtube sobre o primeiro turno, com 93% das urnas apuradas e uma diferença muito pequena entre os três candidatos, Marçal foi sua própria Carla Zambelli.

“No final de campanha, o candidato tem que ir pisando em ovos e tomar o máximo de cuidado para não cometer nenhum erro. No último debate, a gente viu isso, inclusive Marçal tomando cuidado. Você tenta se mostrar ali que ‘eu posso ser um bom prefeito’. Para você ganhar confiança. E aí, realmente, a publicação do laudo falso na sexta à noite é o episódio Carla Zambelli dessa eleição. Se ele ficar de fora do segundo turno, vai se lamentar muito. Ele ganhando a prefeitura de São Paulo, ou indo para o segundo turno, ele iria ter muito mais cacife para lutar por um cargo, por uma candidatura, até por partidos maiores”, avaliou Duda Teixeira ao ser questionado sobre o impacto do laudo falso na reta final da campanha.

Zambelli aponta arma para homem em SP

Em 29 de outubro de 2022, às vésperas do segundo turno a eleição presidencial, a deputada Carla Zambelli (PL-SP), sacou uma arma e apontou para um homem em um bairro nobre dos Jardins, em São Paulo. Após o episódio, ela disse ter sido hostilizada por “militantes de Lula”.

Deviso à repercussão negativa da cena, o ex-presidente Jair Bolsonaro responsabilizou a aliada pela derrota para o Lula.

Na noite de sexta-feira, 4, Marçal divulgou um laudo falso para confirmar a tese de que Boulos era usuário de drogas. O documento tinha a assinatura de um médico já falecido. Agora, o ex-coach é alvo de investigações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal.

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