Moraes intima Marçal a prestar depoimento
PF informou ter identificado “uso intenso” de conta do influenciador no X com a “finalidade de propagar desinformação”
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, intimou Pablo Marçal a prestar depoimento em 24 horas sobre o uso irregular do X, que está suspenso no Brasil.
A Polícia Federal informou ter identificado “uso intenso” de uma conta do influenciador na plataforma com a “finalidade de propagar desinformação”.
Entre as postagens está o laudo médico falso usado por Marçal para acusar Guilherme Boulos (PSOL) de usar drogas.
De acordo com relatório da PF, diversos vídeos foram publicados na rede social na madrugada e na manhã deste sábado. Um dos vídeos consta a notificação de retirada de postagem no Instagram com o laudo falso.
“Ressalta-se que o uso sistemático deste perfil na data de hoje, bem como nos dias anteriores, se amolda à hipótese de monitoramento de casos extremados, em que usuários utilizam subterfúgios para acessar e publicar na plataforma X, de forma sistemática e indevida, com a finalidade de propagar desinformação em relação as eleições de 2024, com discurso de ódio e antidemocráticos, conforme manifestação da Procuradoria-Geral da República”, diz Moraes.
Segundo Moraes, o uso do X, mesmo bloqueado no Brasil, caracteriza em indícios de abuso de poder econômico e de uso indevido dos meios de comunicação.
PF abre inquérito
A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o laudo falso usado pelo ex-coach. Os peritos federais já analisam o documento divulgado pelo candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo.
Como mostramos, a Justiça Eleitoral reconheceu indícios de falsificação no documento. O ex-coach publicou o suposto prontuário médico enquanto participava de um podcast na sexta-feira, 4.
O documento é datado de 19/01/2021. O candidato do PSOL negou a autenticidade do laudo, compartilhou imagens referentes à data mencionada na receita e declarou que pedirá a prisão de Marçal e do proprietário da clínica responsável pelo documento, a Mais Consultas.
Segundo o juiz eleitoral, “há plausibilidade” nas alegações da campanha de Boulos que apontam a “falsidade do documento”. Ele cita ainda a “proximidade” do ex-coach com o dono da clínica responsável pelo laudo e o fato de o documento médico ter sido “assinado por profissional já falecido”.
Também aponta inconsistências no documento apresentado por Marçal, como o número errado do RG do candidato do PSOL. As inconsistências vão desde erros como a frase “por minha atendido” até a palavra “cocaína” escrita sem o acento.
Em sua decisão, Colombini atendeu parte do pedido da campanha de Boulos e não determinou nova derrubada do perfil de Marçal.
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