Operação descobre azeite falsificado em supermercados do ES
Várias marcas de azeite foram apreendidas por suspeita de adulteração na Grande Vitória. Fraudes alimentares enganam consumidores e podem causar riscos à saúde.
No decorrer de uma operação da Polícia Civil, mais de 400 garrafas de azeite suspeitas de adulteração foram recolhidas em dois supermercados localizados em Cariacica e Vila Velha, na Grande Vitória. As marcas em investigação incluem Serrano, Pérola Negra e Carcavelos. Como resultado, as vendas desses produtos foram interrompidas, chamando a atenção para os riscos associados a fraudes desse tipo.
Segundo Eduardo Passamani, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), os azeites estavam com preços bem abaixo do padrão de mercado, o que é um indício comum de falsificação. Essa estratégia geralmente mira consumidores de menor poder aquisitivo, utilizando preços baixos para diminuir suspeitas iniciais.
Por que a adulteração de azeite é um problema sério?
Fraudes alimentares, como a falsificação de azeites, não só iludem o consumidor, como também podem implicar riscos à saúde pública. Os produtos apreendidos possuíam características sensoriais mais próximas ao óleo de cozinha do que ao azeite genuíno. Investigações anteriores revelaram que alguns produtores adicionam azeite com óleo de lamparina, uma prática antiética e potencialmente prejudicial à saúde do consumidor.
Sinais de fraude no azeite
A identificação da adulteração de azeite ocorre por meio de características como textura e odor que destoam do padrão. Passamani esclareceu que análises laboratoriais são essenciais para verificar a verdadeira composição das garrafas apreendidas. Essa etapa é crucial para determinar se o produto oferece riscos à saúde dos consumidores.
Como a adulteração é investigada?
Após a apreensão, os azeites são enviados ao Ministério da Agricultura (Mapa), em Brasília, para uma análise detalhada. O objetivo é verificar a composição e a presença de substâncias prejudiciais aos consumidores. Tal avaliação laboratorial é imprescindível para garantir que produtos adulterados não retornem às prateleiras, protegendo assim os consumidores.
Implicações legais para os responsáveis
A venda de produtos adulterados acarreta graves consequências legais para os envolvidos, além dos riscos à saúde dos consumidores. A Anvisa já tinha proibido a marca Serrano antes da operação. Atualmente, a polícia investiga se os supermercados estavam cientes das fraudes ao comercializarem os produtos.
- Se provada a omissão, os comerciantes podem enfrentar responsabilidade legal.
- A pena para crimes de consumo pode variar de 2 a 5 anos de prisão.
Próximos passos após a apreensão
A polícia está focada em identificar os responsáveis pela distribuição dos azeites adulterados. A análise detalhada e a investigação minuciosa são essenciais para combater essa prática ilegal, que compromete a qualidade do produto e a confiança no mercado.
A Intralogística Distribuidora Concept, responsável pelas marcas, foi procurada, mas não se pronunciou sobre o caso.
Essa operação serve como um alerta para consumidores sobre os riscos de adquirir produtos a preços anormalmente baixos. É fundamental estar atento e buscar informações sobre a procedência dos produtos que consome.
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