Menino de 6 anos morre envenenado após aceitar doce de estranha
Caso chocou a comunidade e trouxe à tona o antigo conselho das mães: não aceitar nada de estranhos
O envenenamento que tirou a vida de Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, na comunidade da Primavera, em Cavalcanti, Zona Norte do Rio de Janeiro, fez com que um dos conselhos mais repetidos por mães em todo o mundo se tornasse realidade de maneira trágica.
O menino morreu após ingerir um bombom envenenado, oferecido por uma mulher desconhecida, enquanto brincava na rua com amigos. Outro menino, Benjamin Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, também consumiu o doce e está internado em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto.
O primo de Ythallo, uma criança de 12 anos, relatou à Polícia Civil que a mulher, usando capacete e luvas, passou de motocicleta e ofereceu o bombom às crianças. Ele recusou o doce, mas Ythallo aceitou e, logo depois, dividiu com Benjamin. Pouco tempo após a ingestão, ambos começaram a passar mal. Ythallo foi levado à UPA de Del Castilho em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu, apesar das tentativas de reanimação.
“Foi uma crueldade. Ele estava brincando com o primo quando essa mulher ofereceu o bombom. Ele aceitou, comeu e logo depois passou mal. Não tenho nem palavras para descrever essa dor”, desabafou Monique Tobias, mãe de Ythallo, ainda em choque com a perda do filho, que ela descreveu como uma criança alegre e muito querida pela comunidade.
A avó de Benjamin, Sandra Regina Ribeiro, relatou que o menino apresentou sintomas ao voltar da escola e está em estado crítico. “Ele estava babando e foi ficando roxo. Levamos ele correndo para o hospital”, disse ela.
A polícia trata o caso como envenenamento intencional. Durante a necropsia de Ythallo, foram encontrados grãos amarronzados em seu estômago, que estão sendo analisados para identificar o veneno utilizado.
A mulher que ofereceu o doce é a principal suspeita e está sendo procurada pelas autoridades. Segundo o delegado Marcus Henrique Alves, da 44ª DP (Inhaúma), todas as hipóteses estão sendo investigadas para entender se as crianças tiveram contato com algum outro alimento.
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