Hoje o Irã voltou a atacar Israel. Foram mísseis e atentados terroristas contra civis, no estilo do que o Hamas fez em 7 de outubro do ano passado. A escalada de violência no Oriente Médio tem sido acompanhada por uma narrativa distorcida, que se repete em parte significativa da mídia brasileira.
Em vez de um relato honesto sobre o terrorismo islâmico e os regimes que o financiam, o público é bombardeado por uma visão romantizada de grupos terroristas, ao mesmo tempo em que regimes homofóbicos e misóginos são praticamente ignorados. Isso contribui para a crescente desconfiança da população em relação à imprensa.
Estamos diante de uma mídia que, num dia, prega a inclusão e defende as minorias, patrulhando até a linguagem para não deixar ninguém de fora. Se você não quiser falar o todEs, te combatem como se fosse um assassino porque está ameaçando a existência dos não-binários.
No dia seguinte, essa mesma mídia trata terroristas como vítimas. Gente que promove massacres de civis, estupros coletivos e transforma mulheres em escravas sexuais. Quando terroristas como o Hamas e o Hezbollah transformam populações inteiras em reféns, o relato vira uma ode ao coitadismo desses “combatentes”, ignorando os crimes brutais que eles cometem. O caso recente do ataque a um hospital, inicialmente atribuído a Israel, mas depois revelado como sendo um erro do próprio Hamas, é um exemplo claro. A mídia não corrigiu o erro com a mesma ênfase com que noticiou a falsa acusação.
Grupos como o Hamas e o Hezbollah não são apenas movimentos de resistência local. Eles têm como objetivo implantar um regime teocrático e totalitário que oprime mulheres, homossexuais e qualquer um que não se submeta à sua visão de mundo. O exemplo do Irã é emblemático: um regime em que uma mulher pode ser espancada até a morte por não usar o véu da maneira correta. O Irã se mantém próximo a grupos terroristas, financiando-os e espalhando sua visão opressora de sociedade, enquanto parte da mídia prefere ignorar essa realidade.
Israel, por sua vez, é demonizado sempre que reage aos ataques terroristas que sofre. Pouco se fala sobre o esforço israelense para neutralizar essas ameaças com inteligência e precisão, como no caso recente em que o número um do Hezbollah foi eliminado. A mesma mídia que retrata Israel como opressor não mostra a evacuação de cidades inteiras, como Kiryat Shmona, transformadas em cidades fantasmas devido aos ataques constantes de mísseis lançados pelo Hezbollah.
Enquanto isso, no Brasil, o governo se aproxima cada vez mais desses regimes. O que significa esse alinhamento com ditaduras como Irã e Venezuela? Regimes que são responsáveis pela opressão de suas populações, pela morte de crianças e presos políticos, além de uma política de terror que visa exportar seu modelo autoritário para o mundo. E o Brasil? O país que já foi símbolo de um caminho democrático e de respeito aos direitos humanos agora flerta com regimes que representam o oposto disso.
O público brasileiro precisa se perguntar para onde estamos indo. Por que tantas vozes na mídia brasileira tentam minimizar os crimes desses grupos? Por que há tanto esforço em culpar Israel, uma democracia que tenta se defender, enquanto regimes opressores são tratados com condescendência? É possível defender terrorismo, homofobia e misoginia abertamente, mas pelo menos assumam isso, sem tentar disfarçar com retóricas de “anti-colonialismo” e defesa de inocentes.
O Irã, que oprime sua própria população, busca exportar sua revolução islâmica. Seu objetivo é claro: transformar o mundo no que ele já é. E aqui estamos, vendo parte da imprensa normalizar essa visão de mundo, com uma narrativa seletiva e distorcida que ignora os fatos quando eles não são convenientes para sua agenda.
Enquanto houver quem defenda abertamente regimes opressores e grupos terroristas, será difícil para a sociedade brasileira enxergar o real perigo dessas alianças.