Irã pede reunião na ONU após morte de líder do Hezbollah
Hassan Nasrallah foi morto em um ataque na sexta-feira contra o quartel-general do grupo terrorista libanês, em Beirute
O Irã pediu no sábado, 28, uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para “condenar as ações de Israel nos termos mais fortes possíveis”.
A carta do enviado do Irã para a ONU, Amir Saeid Iravani, foi publicada após a confirmação da morte do líder número 1 do Hezbollah, Hassan Nasrallah (foto), em ataque israelense.
Iravani pediu para que sejam “tomadas medidas imediatas e decisivas para deter a agressão israelita e impedir que a região seja arrastada para uma guerra total”.
“O Irã não hesitará em exercer seus direitos inerentes sob o direito internacional para tomar todas as medidas em defesa de seus interesses nacionais e de segurança vitais”, acrescentou.
O Hezbollah confirmou no sábado a morte de Hassan Nasrallah, horas depois de o Exército de Israel ter anunciado que o líder xiita havia morrido no bombardeio do quartel-general do grupo nos subúrbios de Beirute.
Netanyahu alerta Irã
No sábado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a morte de Hassan Nasrallah deu esperança a todos os que se opõem ao “eixo do mal do Irã”.
Netanyahu mandou um recado ao “regime dos aiatolás”, dizendo que “aqueles que nos atacarem, nós atacaremos de volta”.
“Não há lugar no Irã ou no Oriente Médio fora do alcance do longo braço de Israel, e hoje vocês sabem o quão verdadeiro isso é.”
Disse ainda que, apesar das conquistas, “o trabalho ainda não está concluído”: “Teremos desafios significativos nos próximos dias e os enfrentaremos”.
Afirmou também que “esses são grandes dias” no que “parece ser um ponto de virada histórico”.
Líder do Irã convoca muçulmanos
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, pediu que os muçulmanos apoiem o Líbano e o Hezbollah.
“É obrigatório para todos os muçulmanos apoiar orgulhosamente o povo libanês e o Hezbollah com os seus recursos e ajudá-lo a enfrentar o regime usurpador, cruel e maléfico [de Israel]”, afirmou em comunicado divulgado pela agência IRNA.
“A matança de pessoas indefesas no Líbano revelou mais uma vez a todos a ferocidade do cão raivoso sionista e demonstrou a miopia e a política estúpida dos líderes do regime usurpador [Israel]”, acrescentou.
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