Marçal: “Se vocês virarem as costas para mim, fiquem em paz. Minha vida é boa”
O ex-coach voltou a usar tom messiânico para afirmar que não precisa do "emprego" de prefeito, mas cumpre uma missão
O candidato pelo PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, mandou um recado aos eleitores da capital sobre a permanência de seu nome no páreo pelo comando da cidade. “Se o povo virar as costas para mim, eu quero ver que dia que vai chegar alguém sem dinheiro público, dando conta de patrolar esses jornalistas militantes. […] Eles têm ódio daquilo que eu carrego. Então quero ver quem vai dar conta de fazer isso, sem tempo de TV, sem nada”, disse em entrevista ao Poder 360.
E completou: “se vocês [eleitores] virarem as costas para mim, fiquem em paz. Minha vida é boa o suficiente, mas a sua vai ficar ruim. Isso aqui para mim é missão”.
A resposta do candidato foi uma negativa de que haverá segundo turno na disputa em São Paulo. Ele acredita que a cidade “está dominada” por sua popularidade. Mas deixou os eleitores avisados e sugeriu que considerem as consequências de mudar de lado. Na mesma entrevista, o ex-coach voltou a afirmar que a remuneração do prefeito de São Paulo não dá para pagar o piloto de seu helicóptero e que se a população não o ‘consagrar’ prefeito, ele entenderá como “livramento”.
Perguntado sobre Marina Helena ser uma representante da direita na disputa, Marçal disse que a oponente não tem viabilidade e expressão diante do atual cenário eleitoral. “Ela não é viável”, acrescentou.
Bolsonaro
Pablo Marçal também respondeu sobre a ausência de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro à sua campanha, e mais uma vez falou em tom messiânico: “foi Deus quem permitiu ser desse jeito. Estamos sozinhos: Deus e o povo. Foi uma péssima escolha dele mexer com gente que não tem os nossos princípios e valores, gente abortista, gente que acredita em linguagem neutra”, afirmou sobre a campanha do atual prefeito, Ricardo Nunes.
Facada e cadeirada
Como mostramos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) e minimizou o impacto do episódio em que o candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) atingiu o ex-coach com uma cadeira.
Para o ex-presidente, a situação não se compara à facada que ele sofreu durante a campanha presidencial de 2018, nem aos recentes atentados contra Donald Trump.
“Tem gente que faz tudo pelo poder, inclusive essas comparações absurdas. Querer comparar o tiro no Trump, a facada em mim, com ele [Marçal] numa maca … Pelo amor de Deus”, disse Bolsonaro, nesta sexta-feira, 20. Segundo o ex-presidente, entre os episódios do atentado contra ele e a cadeirada em Pablo Marçal “há uma distância muito grande”.
Bolsonaro disse que a postura de Marçal teria o único objetivo de “aproveitar esse momento [a cadeirada] para ganhar simpatia do povo em troca de votos”.
O líder de direita ainda ironizou a postura do candidato: “eu já vi vídeo dele ensinando a fugir de um tigre na selva, mas não conseguiu segurar o ímpeto de um velhinho com uma cadeira na mão?”.
O presidente de honra do PL sugeriu ainda que Marçal teria provocado Datena, usando palavras “violentas” que feriram a “honra” do jornalista. “É um ato que eu condeno”, reforçou.
E finalizou: “A cadeirada que ele levou, se foi justa ou não, cada um que julgue. Eu não acho que foi justa, mas como ser humano, eu entendi o Datena fazer aquilo. Não tinha mais alternativa”. Para Bolsonaro, a reação de Datena, embora “covarde”, teve motivação passional. “Não podemos brincar com esse sentimento”, concluiu.
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