A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quinta-feira (26) 17 mandados de prisão preventiva em oito estados e no Distrito Federal.

Além disso, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão no combate a uma organização criminosa que atuava na obtenção fraudulenta de dados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo a PF, a organização desarticulada hoje, na Operação Mercado de Dados, era composta por hackers, que acessavam o banco de dados do INSS e vendiam informações dos beneficiários a terceiros.

Esses dados eram usados para consultas ou para fins criminosos, como contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.

Como funcionava a operação criminosa?

A invasão nos sistemas do INSS era feita com auxílio de servidores do próprio órgão, que vendiam suas credenciais de acesso.

Com isso, três servidores e um estagiário do INSS também foram alvos da operação.

Essas credenciais permitiam que os hackers acessassem informações sensíveis, que eram então repassadas para outros intermediários ou compradores finais.

Que medidas foram tomadas pelas autoridades?

Os mandados foram cumpridos em várias localidades, incluindo:

• São Paulo

• Minas Gerais

• Mato Grosso do Sul

• Alagoas

• Pará

• Goiás

• Distrito Federal

• Paraná

• Bahia

De acordo com a PF, os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos e lavagem de dinheiro.

Quais foram as consequências imediatas da operação?

A Justiça também atuou de forma decisiva no combate à organização criminosa.

A 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel/PR determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos integrantes da quadrilha.

Além disso, foram bloqueados saldos em contas bancárias dos investigados até o valor de R$ 34 milhões.

Implicações Legais

As acusações que os envolvidos enfrentam são sérias e podem resultar em penas severas.

As autoridades esperam que essa operação sirva como um forte dissuasor para futuros crimes semelhantes, reforçando que a obtenção e comercialização de dados sigilosos é um ato criminoso e que será perseguido vigorosamente.

Qual é o próximo passo?

Com a operação em andamento, as investigações continuarão para identificar todos os envolvidos e assegurar que sejam levados à justiça.

A PF continuará monitorando atividades suspeitas e colaborando com outras agências para combater fraudes envolvendo dados do INSS.

Essa operação mostra a importância de proteger dados pessoais e a severidade das consequências para aqueles que buscam lucrar indevidamente com informações sensíveis.

Em um mundo cada vez mais digital, a segurança de dados deve ser uma prioridade para instituições e indivíduos.