Trump dá forte sinal de que não apoiará Zelensky contra Putin
Candidato republicano fez um discurso crítico a Ucrânia por esta não fazer "nenhum acordo, mesmo o pior acordo" com a Rússia
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, criticou o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na quarta-feira, 25 de setembro, por não fazer concessões à Rússia, dando sua indicação mais forte até o momento de que ele parará de apoiar Kiev se vencer a eleição presidencial dos EUA.
Trump, falando em um evento de campanha na Carolina do Norte, disse que a Ucrânia deveria ter “cedido um pouco” para apaziguar Moscou e evitar um conflito sangrento com seu vizinho invasor.
“Continuamos a dar bilhões de dólares a um homem que se recusa a fazer um acordo, Zelenskyy”, protestou Trump em um longo discurso.
Ele acrescentou que “qualquer acordo, mesmo o pior, teria sido melhor do que o que temos agora” e continuou:”A Ucrânia se foi, não é mais a Ucrânia. Você nunca pode substituir essas cidades e vilas e nunca pode substituir as pessoas mortas, tantas pessoas mortas”, disse o candidato republicano. “Se tivéssemos feito um acordo ruim, teria sido muito melhor. Eles [Ucrânia] teriam desistido um pouco e todos estariam vivos.”
Trump frequentemente afirma que a Rússia não teria invadido a Ucrânia se ele fosse presidente e repetidamente prometeu negociar o fim do conflito se ele fosse devolvido à Casa Branca — embora ele tenha se recusado a dar mais detalhes e não tenha se queria que a Ucrânia derrotasse a Rússia quando pressionado no debate presidencial pela oponente Kamala Harris.
Ele também ameaçou cortar a ajuda dos EUA para Kiev e prometeu na quarta-feira, 25, que não enviaria tropas americanas para “morrer” na Ucrânia. “Eles [os democratas] não ficarão satisfeitos até enviarem crianças americanas para a Ucrânia, e é isso que eles estão tentando fazer”, disse ele. “E as mães e os pais da América não querem que seus filhos lutem contra a Ucrânia e a Rússia, e não vamos deixar nossos soldados morrerem do outro lado do oceano.”
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