As más notícias para Pablo Marçal na pesquisa AtlasIntel
Ex-coach perdeu terreno entre homens, jovens, evangélicos, eleitores com ensino fundamental e os que ganham entre 3 e 5 mil reais na tentativa de virar prefeito de São Paulo
O levantamento divulgado pelo instituto AtlasIntel nesta segunda-feira, 23, demonstra não somente uma queda de Pablo Marçal (PRTB) para além da margem de erro, como aponta também uma tendência de perda de fôlego do ex-coach junto aos seguintes seguimentos de seu eleitorado: homens, jovens, evangélicos, eleitores com ensino fundamental e os que ganham entre 3 e 5 mil reais.
Como mostramos mais cedo, o influenciador digital caiu 3,1 pontos percentuais no último levantamento em comparação com a sondagem feita pelo AtlasIntel na primeira semana de setembro. Marçal tinha 24% na pesquisa divulgada em 11 de setembro; agora, ele tem 20,9%, empatado numericamente com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
O maior tombo do influenciador foi entre aqueles com ensino fundamental, segundo o AtlasIntel. Na sondagem de 11 de setembro, Marçal era o preferido de 41,3% dos eleitores com ensino fundamental; agora, 22,7% daqueles que tem esse nível de instrução afirmaram que votarão em Marçal. Entre os com renda entre 3 e 5 mil reais, Marçal despencou de 33,6% do eleitorado para 21%.
Homens
As outras baixas expressivas: entre os homens, Marçal tinha 31,5% das intenções de voto, agora são 27%; entre os jovens de 25 a 34 anos, o ex-coach caiu de 29,5% para 16,9% e entre os evangélicos a baixa foi de 42,9% para 35,9%.
Os números da AtlasIntel capitaram uma tendência já identificada anteriormente por outros levantamentos como Datafolha e Quaest: uma estagnação e até mesmo uma perda de fôlego de Pablo Marçal.
Os dados da AtlasIntel já conseguiram capturar tanto a cadeirada durante o debate da TV Cultura na semana passada quanto a mudança de postura do influenciador digital a partir da sexta-feira última. Postura essa inaugurada durante o debate do SBT.
Cadeirada
Isso significa que, em tese – repita-se, em tese -, a cadeirada pode ter tido uma influência de fato negativa na campanha do ex-coach. Não necessariamente em relação à agressão física, mas pela forma como o episódio foi explorado. É bom lembrar que, após a cadeirada, Marçal foi levado de ambulância e tentou demonstrar fragilidade, uma imagem totalmente antagônica a que o próprio coach vinha explorando no início da campanha.
Nesta semana, ainda serão divulgados novos levantamentos da Quaest, Datafolha e Veritá. O Veritá é o único que tem dado Marçal na dianteira. Com os dados do Veritá, será possível ter um cenário mais claro sobre o efeito deletério da cadeirada na corrida eleitoral paulistana.
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