Rússia lançou 900 bombas e 400 drones em uma semana, diz Zelensky
Presidente ucraniano afirma não ter recebido “autorização” dos EUA e do Reino Unido para utilizar mísseis de longo alcance contra a Rússia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (foto), voltou a pedir ajuda do Ocidente para se armar contra as tropas russas. Ele disse neste domingo, 22, que, apenas na última semana, a Rússia lançou 900 bombas aéreas guiadas, 400 drones do tipo Shahed e quase 30 mísseis contra a Ucrânia.
“Precisamos fortalecer as nossas capacidades para proteger melhor as vidas [de civis] e a segurança. A Ucrânia precisa de condições de longo alcance”, disse Zelensky nas redes sociais.
Os atrasos na entrega da ajuda ocidental levaram o exército ucraniano a ficar sem munições e armas no início do ano. O presidente ucraniano afirma não ter recebido “autorização” dos Estados Unidos e do Reino Unido para utilizar mísseis de longo alcance contra a Rússia.
Zelensky afirmou que, na noite de sábado, a Rússia voltou a atacar a cidade de Kharkiv, no leste, com bombas aéreas guiadas. Os ataques causaram danos a edifícios residenciais e deixaram 21 civis feridos.
“Entre eles estão um menino de oito anos e dois adolescentes de 17. Pelo menos 60 moradores do prédio foram retirados”. A Rússia “visou um edifício residencial comum com várias bombas”, acrescentou.
Zelensky critica plano de paz do Brasil e China
Volodymyr Zelensky, como mostramos, voltou a criticar a proposta de paz apresentada pelo Brasil e pela China para o fim da guerra na Ucrânia e afirmou que não se trata de um “plano concreto”.
“Não acredito que seja um plano concreto, porque não vejo quaisquer ações ou fases específicas, apenas uma certa generalização de procedimentos. Uma generalização esconde sempre alguma coisa”, disse na sexta-feira, 20.
Brasil e China organizam uma reunião para divulgar uma proposta conjunta de um plano para “desescalar o conflito” entre Ucrânia e Rússia. O documento foi anunciado em maio, durante visita de Celso Amorim – assessor internacional de Lula – a Pequim.
O plano consiste em ao menos seis pontos, como a realização de uma conferência internacional de paz “que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com participação igualitária de todas as partes relevantes”.
A reunião está prevista para a próxima sexta-feira, 27 de setembro, pouco depois da Assembleia-Geral da ONU em Nova York.
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