O secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, pediu um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hezbollah: “Estamos todos muito, muito unidos em busca de uma solução política negociada para que os israelenses possam retornar às suas casas no norte de Israel e os libaneses possam retornar às suas casas”, disse Lammy após uma reunião com ministros das Relações Exteriores da França, dos Estados Unidos e Itália em Paris.

O presidente francês, Emmanuel Macron, acredita que uma solução diplomática para o conflito ainda é possível: “Ninguém está interessado numa escalada”, disse Macron num discurso em vídeo ao povo libanês publicado nas redes sociais.

Ele apelou à liderança política em Beirute para evitar a guerra. “O Líbano não pode viver com o medo de uma guerra iminente”, disse ele. “Devemos rejeitar este destino”

De acordo com o Gabinete do Presidente, Macron falou ao telefone na quinta-feira, 19 de setembro, com o primeiro-ministro libanês Najib Mikati, o presidente do Parlamento Nabih Berri e o chefe do exército Joseph Aoun. Macron também falou ao telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Tropas da ONU no Líbano pedem desescalada imediata

A força de manutenção da paz da ONU no sul do Líbano apelou a uma “desescalada imediata” no conflito entre Israel e a milícia radical islâmica Hezbollah.

Foi observado um aumento maciço nas hostilidades através da fronteira, disse o porta-voz da Unifil, Andrea Tenenti, à agência de notícias Reuters.

A força Unifil deveria manter a paz entre Israel e o Líbano. No entanto, desde que eclodiu a guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas palestino, há quase um ano, a situação na zona fronteiriça deteriorou-se significativamente.

Apesar da escalada do conflito com a milícia libanesa Hezbollah, Israel também prossegue a sua ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza. Ataques aéreos e de tanques israelenses são relatados em várias partes da área costeira.

Fortes bombardeios vindos do Líbano

Após os ataques aéreos israelenses às posições da milícia do Hezbollah, Israel relatou ataques massivos de foguetes vindos do Líbano. Cerca de 140 foguetes foram disparados do país vizinho contra alvos em Israel em uma hora na sexta-feira, 20 de setembro.

O Hezbollah disse que disparou “salvos de foguetes Katyusha” contra pelo menos seis “quartéis-generais” e bases do exército, incluindo uma importante “base de defesa aérea”, em retaliação aos ataques aéreos israelenses.

Chefe do Hezbollah eliminado em ataque israelense

Segundo os círculos do Hezbollah, o chefe de uma unidade de elite da milícia pró-iraniana foi morto num ataque israelense em Beirute. A agência de notícias AFP soube através dos círculos do Hezbollah que o comandante da unidade Radwan, Ibrahim Akil, foi morto no ataque de sexta-feira no sul da capital libanesa. Akil é o “segundo comandante mais alto” depois do chefe militar Fuad Schukr, que foi morto num ataque direcionado israelense em Julho.

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