A Meta, empresa de Mark Zuckerberg, anunciou na segunda-feira, 16 de fevereiro, que vai banir meios de comunicação russos como RT e Rossiya Segodnya das suas plataformas globais.

Esta decisão, que inclui Instagram, WhatsApp e Threads, é tomada após e empresa detectar que estes meios de comunicação têm realizado campanhas de influência nas redes sociais a partir de notícias falsas, com o objetivo de manipular o debate nas redes.

“Após uma consideração cuidadosa, expandimos o nosso esforço contínuo contra a mídia estatal russa. Rossiya Segodnya, RT e outras entidades relacionadas estão agora banidas globalmente de nossos aplicativos por atividades de interferência estrangeira”, explicou Meta em um comunicado.

A proibição será implementada nos próximos dias. A medida representa uma escalada nas ações da Meta contra os meios de comunicação russos: durante anos eles limitaram-se a bloquear os anúncios destes meios de comunicação e a reduzir o alcance das suas publicações.

Agora, a empresa americana decidiu agir com mais firmeza após acusações de que estes meios de comunicação realizam operações de desinformação a nível global, numa tentativa de influenciar os processos democráticos em diferentes países.

O governo dos Estados Unidos tem sido fundamental neste processo. Nas últimas semanas, dois funcionários da RT foram acusados de lavagem de dinheiro por financiar podcasters americanos com US$ 9,7 milhões, através da Tenet Media, uma plataforma de vídeo no Tennessee, com o objetivo de espalhar propaganda pró-Rússia e minar o processo político americano.

Além disso, o secretário de Estado Antony Blinken anunciou novas sanções contra a RT e outras entidades ligadas à Rossiya Segodnya, que acusou de operar “de fato como um braço dos serviços de inteligência russos”.

Blinken também observou que a utilização da “desinformação como arma para subverter e polarizar sociedades livres e abertas estende-se a todas as partes do mundo”. Segundo Blinken, estas operações não se limitam apenas aos Estados Unidos, uma vez que a RT tem estado ligada a campanhas de desestabilização na Europa, África e América Latina.

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