Nova tecnologia vai revolucionar próteses de mãos robóticas
O avanço promete trazer uma nova era para os dispositivos protéticos, proporcionando maior liberdade e eficiência para indivíduos amputados.
Imagine poder controlar uma prótese de mão robótica com a precisão e a naturalidade dos seus próprios dedos. Essa inovação impressionante está se tornando realidade graças a uma equipe da Scuola Superiore Sant’Anna, em Pisa, na Itália.
Os cientistas desenvolveram um sistema que utiliza ímãs para o controle de mãos protéticas, oferecendo uma alternativa aos implantes de eletrodos ou outros eletrônicos no corpo dos pacientes.
O avanço promete trazer uma nova era para os dispositivos protéticos, proporcionando maior liberdade e eficiência para indivíduos amputados.
A seguir, vamos explorar como essa tecnologia funciona e os seus benefícios potenciais.
Sistema de ímãs para prótese de mão robótica
Os cientistas italianos criaram um sistema inovador que utiliza ímãs para movimentar mãos protéticas de forma eficiente.
A técnica envolve a implantação de pequenos ímãs, com apenas alguns milímetros de tamanho, nos músculos principais do braço amputado.
Esses ímãs respondem aos estímulos naturais do corpo, capturados por sensores de campo magnético localizados no manguito do paciente.
A equipe da Scuola Superiore Sant’Anna primeiro utilizou exames de ressonância magnética e eletromiografia para avaliar como os músculos do braço se contraíam quando o paciente pensava em mover os dedos da mão amputada.
Com base nesses movimentos, os ímãs implantados nos músculos foram ativados, transmitindo os sinais correspondentes para a mão protética.
Benefícios do sistema de ímãs para mãos protéticas
A principal vantagem desse sistema é a eliminação da necessidade de implantes de eletrodos ou outros componentes eletrônicos dentro do corpo.
Isso reduz o risco de complicações médicas e a necessidade de procedimentos invasivos adicionais.
Além disso, a precisão dos movimentos alcançada com o uso de ímãs é surpreendentemente alta, permitindo ao paciente realizar tarefas complexas com maior facilidade.
Nos testes realizados até o momento, um paciente de 34 anos que perdeu a mão esquerda em 2022 conseguiu realizar diversas atividades diárias, como mover objetos variados, abrir potes, usar uma chave de fenda e fechar sacos zip-lock.
Estas tarefas foram todas moduladas com precisão, ajustando a força conforme necessário.
Sistema de ímãs em outras amputações
O potencial desta tecnologia não se limita apenas às mãos.
A equipe de pesquisadores está otimista em aplicar o sistema de ímãs em outros tipos de amputações, incluindo pernas e braços.
Isso abriria novas possibilidades para uma gama ainda maior de amputados, oferecendo-lhes uma chance de recuperar a funcionalidade e melhorar significativamente sua qualidade de vida.
A pesquisa inicial foi detalhada em um estudo publicado na renomada revista Science Robotics.
O coordenador da pesquisa, Christian Cipriani, afirmou: “O teste no primeiro paciente foi bem-sucedido. Estamos prontos para estender esses resultados a uma gama mais ampla de amputações”.
Futuro da tecnologia para prótese de mão robótica
Essa inovação também aponta para futuros desenvolvimentos em áreas correlatas.
Por exemplo, o uso de energia limpa em dispositivos protéticos poderia ser uma próxima fronteira, aproveitando a maior durabilidade e sustentabilidade dos materiais modernos.
Além disso, a integração de sistemas de controle cerebral com essa tecnologia de ímãs pode proporcionar uma resposta ainda mais rápida e natural aos comandos do paciente.
Algumas futuras aplicações do sistema de ímãs podem incluir:
- Movimentação de próteses de pernas com precisão;
- Controle de dispositivos robóticos multifuncionais;
- Integração com exoesqueletos para suporte adicional em atividades diárias.
Essa tecnologia inovadora está pronta para transformar a vida de muitos amputados, proporcionando-lhes uma independência e capacidade renovadas.
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