Kamala Harris venceu debate, diz pesquisa
Pesquisa da CNN mostra que 63% dos espectadores viram vitória de Harris, enquanto 37% votaram em Trump
Uma pesquisa da CNN americana realizada após o debate entre Kamala Harris e Donald Trump indicou que 63% dos telespectadores consideraram a vice-presidente vencedora do embate, enquanto 37% apoiaram Trump. Inicialmente, os participantes estavam divididos, com metade esperando uma vitória de Trump e a outra metade apostando em Harris.
Entre os apoiadores, 96% dos eleitores de Harris acreditam que ela ganhou, contra 69% dos eleitores de Trump, que mantiveram a opinião de que o ex-presidente saiu vencedor. A pesquisa foi realizada por mensagem de texto com 605 eleitores registrados e possui uma margem de erro de 5,3%.
Mesmo com a avaliação desfavorável, aliados de Trump defenderam sua atuação no debate, realizado nesta terça, 24, no Centro de Convenções da Pensilvânia, em Filadélfia. Elise Stefanik, presidente da Conferência Republicana da Câmara, afirmou que Trump trouxe uma “mensagem poderosa” ao focar em temas como inflação, segurança nas fronteiras e política externa. Ela ainda criticou os moderadores da ABC, acusando-os de favorecer Harris e transformar o debate em uma “disputa de 3 contra 1”.
O senador republicano JD Vance, vice de Trump na chapa, também criticou a condução do debate, alegando que os moderadores não cumpriram seu papel, enquanto Trump teria desempenhado seu.
Trump, em entrevista a Sean Hannity, da Fox News, sinalizou hesitação sobre participar de um novo debate, sugerido pela equipe de Harris. Segundo ele, “se você ganhou o debate, por que faria outro?”
Mídia tradicional festeja Kamala e ignora parcialidade de moderadores no debate
A cobertura da mídia americana sobre o debate entre Donald Trump e Kamala Harris, realizado nesta terça-feira, 10, aplaudiu a postura ofensiva da vice-presidente, enquanto ignorava as críticas aos moderadores da ABC, David Muir e Linsey Davis.
Conservadores, especialmente nas redes sociais, acusaram os moderadores de interromperem Trump constantemente e de demonstrarem um viés contra o ex-presidente. A CNN, por exemplo, publicou manchetes como “Harris coloca Trump na defensiva”, um tom replicado por outros veículos tradicionais como The New York Times e NBC News.
Logo no início do debate, Muir e Davis começaram a interromper Trump para “checar fatos” em temas como criminalidade e aborto. Quando Trump mencionou uma acusação sobre imigrantes haitianos em Ohio, Muir o interrompeu para afirmar que a acusação era infundada, citando uma declaração de um gerente da cidade.
Além disso, Davis interveio quando Trump comentou que democratas permitiriam abortos após o nascimento em alguns estados, o que ela negou, mesmo com relatos de leis controversas em estados como Minnesota.
Enquanto isso, as manchetes da CNN e NBC focavam em destacar Kamala Harris como a grande vencedora da noite, com a CNN publicando “Harris coloca Trump na defensiva”, e a NBC enfatizando que Trump teria espalhado “teorias da conspiração” ao discutir o ataque de 6 de janeiro e outras questões. As interrupções feitas pelos moderadores e as respostas de Trump foram deixadas de lado ou minimizadas nas coberturas principais desses veículos.
Conservadores nas redes sociais rapidamente reagiram, apontando que as intervenções dos moderadores eram mais frequentes contra Trump e afirmando que isso refletia uma tendência de parcialidade já observada em outras coberturas da mídia tradicional americana. Segundo Ben Shapiro, editor do Daily Wire, “os moderadores são a história da noite. E não é uma boa história”.
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