Crusoé: morre ex-ditador peruano Alberto Fujimori
Ditadura de Fujimori foi marcada por corrupção e violações a direitos humanos, incluindo massacres cometidos por grupos de extermínio
O ex-ditador do Peru Alberto Fujimori morreu aos 86 anos nesta quarta-feira, 11 de setembro.
Fujimori estava com a saúde debilitada havia anos. Em 2018, ele anunciou um câncer no pulmão. Mais recentemente, em maio, ele revelou um tumor maligno na língua.
A filha do ex-ditador e herdeira política do fujimorismo, a deputada Keiko Fujimori deu a notícia da morte no X, antigo Twitter: “Depois de uma longa batalha contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori, acaba de partir para se encontrar com o Senhor. Pedimos a quem o apreciou que nos acompanhe com uma oração pelo descanso eterno da sua alma. Muito obrigado pai! Keiko, Hiro, Sachie e Kenji Fujimori”.
Fujimori chegou ao poder no Peru em 1990 por meio de eleições. Dois anos depois, ele fechou o Congresso e impôs um regime de exceção que perdurou até 2000.
A ditadura foi marcada por escândalos de corrupção e violações a direitos humanos, incluindo massacres cometidos por grupos de extermínio ligados ao governo.
Retorno à política fracassado
Fujimori ensaiava um retorno à política, porque ele poderia eventualmente candidatar-se a um cargo para o Senado em 2026, uma vez que deixou a prisão no início de junho.
Mesmo tendo sido condenado a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade e corrupção, em 2009, o político mantinha apoio entre eleitores ricos e idosos do país.
“Fujimori quer continuar fazendo parte da política. Essa é a sua paixão“, disse o cientista político peruano Carlos Meléndez, professor da Universidade Diego Portales em Santiago, no Chile, em conversa para o podcast Latitude.
“Ele seria um candidato competitivo para o Senado“, acrescentou na época.
Em 2017,…
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