Caso Silvio Almeida: oposição quer Lula investigado por prevaricação
Foram protocoladas, até o momento, duas denúncias contra Lula na Procuradoria-Geral da República
Deputados de oposição pretendem pressionar o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a instituir uma investigação por ato de prevaricação contra o presidente Lula. Os parlamentares argumentam que o petista tinha conhecimento prévio das denúncias de assédio sexual envolvendo o agora ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida.
Uma das vítimas seria a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco.
Foram protocoladas, até o momento, duas denúncias contra Lula na PGR: uma por meio do deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) e outra do deputado Evair de Melo (PP-ES).
Segundo o que foi revelado pela Folha de S. Paulo e pelo jornal O Globo, a primeira-dama, Janja, e o presidente da República tinham conhecimento das denúncias envolvendo Almeida. O Antagonista apurou que o caso era de conhecimento de integrantes da cúpula do governo federal há pelo menos dez dias.
O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, recebeu as denúncias no final de agosto. Depois, o caso veio a conhecimento do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e, por fim, ao da primeira-dama.
Apesar disso, o governo federal somente adotou uma providência sobre a exoneração de Almeida na sexta-feira, pouco mais de 24 horas após o caso vir a tona por meio de uma publicação do site Metrópoles.
“Consoante informações veiculadas, o presidente Lula admitiu publicamente ter conhecimento prévio de denúncias que relatam assédio sexual e moral cometido pelo ex-ministro Silvio Almeida. No entanto, as providências para investigar e apurar tais denúncias só foram anunciadas publicamente após a ampla repercussão do caso pela mídia”, disse Evair de Melo em seu pedido de investigação.
Como caiu Silvio Almeida?
Após dois dias de denúncias sobre supostos casos de assédio sexual e moral, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi exonerado no início da noite da sexta-feira última. A decisão ocorreu após reunião ocorrida no Palácio do Planalto com o presidente Lula.
Antes de tomar uma decisão, o presidente também conversou com os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e com o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho. A ministra Anielle Franco – Igualdade Racial – e pivô da crise também foi ouvida.
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