Silveira volta a defender retorno do horário de verão
O ministro de Minas e Energia confirmou que a medida é avaliada pela pasta como uma possibilidade para reduzir os impactos da crise hídrica sobre o setor elétrico
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que como apontou Crusoé é mais petista que os petistas, voltou a defender nesta quarta-feira, 11, o retorno do horário de verão, suspenso pelo governo de Jair Bolsonaro em 2019.
Em entrevista a jornalistas, Silveira confirmou que a medida é avaliada pela pasta como uma possibilidade para reduzir os impactos da crise hídrica sobre o setor elétrico.
“É aquele horário que o cidadão vai para casa, liga o ar-condicionado, liga o ventilador. Ele vai tomar banho, vai tomar todo mundo quase que junto, abre a televisão para assistir um jornal, para poder assistir a um filme, e naquele horário nós temos um grande pico, e é exatamente no momento onde nós estamos perdendo as energias intermitentes”, disse o ministro.
“A solar não está mais produzindo, no início da noite normalmente a eólica produz menos, então nós precisamos de despachar a térmica. Se a gente puder diluir isso no horário de verão, talvez seja um ganho que vá dar a robustez, inclusive ao sistema”, acrescentou.
Discussão sobre o horário de verão é antiga
Em novembro de 2023, Silveira já havia defendido a discussão sobre a volta do horário de verão, afirmando que o debate precisa estar “desatrelado da questão exclusivamente energética”.
“Há um impulso econômico em alguns setores. Então, eu tenho defendido junto ao MDIC, à Economia, que a gente possa olhar o horário de verão de uma forma mais holística, mais ampla. É importante para o Brasil, mesmo que nós tenhamos um momento de segurança energética como hoje, quando ela impactar positivamente a economia”, disse o ministro.
Em setembro de 2023, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou uma carta ao presidente Lula (PT), pedindo a retomada do horário de verão. Na ocasião, ela apresentou um estudo indicando que impacto no faturamento dos bares e restaurantes poderia ter alta de 10% a 15%.
Decisão política
Segundo o G1, o retorno do horário de verão é vista no governo como uma decisão política, e não técnica, já que a retomada não gera uma economia significativa de energia.
A suspensão foi adotada em 2019 no governo Bolsonaro, mas a medida já era avaliada na gestão de Michel Temer (MDB).
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