Por que Pacheco não pretende encampar o impeachment de Moraes?
Presidente do Senado tem argumentado a seus interlocutores que a pauta da Casa não pode ser obstruída com uma denúncia contra ministro do STF
O presidente Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deu um indicativo a líderes da Casa de que não pretende dar seguimento a qualquer pedido de impeachment de ministro do Supremo na reta final de sua gestão.
Ao invés disso, Pacheco sinalizou que pode apoiar propostas para liminar as ações do STF como, por exemplo, a PEC que susta decisões de integrantes da Corte. O texto está na CCJ da Câmara.
Como mostramos, a oposição entregou a Pacheco na segunda-feira, 9, um superpedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A peça é assinada por aproximadamente 150 parlamentares e subscrita por 1,5 milhão de pessoas.
Sem garantia
Simbolicamente, Pacheco recebeu integrantes da oposição em seu gabinete. Mas sem dar qualquer garantia de que ele iria ler o pedido em plenário para que fosse instituída uma comissão especial para análise da denúncia por crime de responsabilidade.
“Sabemos que ele não pretende colocar esse tema em discussão, por isso estamos fazendo um movimento para pressionar os senadores a que ele mude de ideia”, disse a O Antagonista o deputado Rodrigo Valadares (União-SE).
Além de não querer tensionar as relações com o STF, segundo interlocutores de Pacheco, o senador mineiro argumenta que pretende encerrar seu mandato à frente da Casa entregando ao governo federal projetos de lei estruturantes como as propostas que regulamentam a reforma tributária.
Fica para o próximo
Pacheco argumenta que terá apenas dois meses de atividade legislativa após as eleições – novembro e dezembro – um período relativamente curto para apreciar matérias como a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central e a proposta de regulamentação da reforma tributária.
Somente sobre a tributária, até o momento a proposta já recebeu 1,1 mil emendas para alterar o texto.
Outras propostas que ainda estão na mesa de Pacheco são mudanças no código eleitoral e a revisão do Código Civil, pautas consideradas mais importantes pelo presidente do Senado.
Na prática, com esses indicativos, Pacheco deixará essa missão para o próximo presidente do Senado.
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Comentários (6)
JUAREZ BORGES
11.09.2024 16:02isso pq ele é um mineiro FR0uxo... infelizmente.
Andre Luis Dos Santos
11.09.2024 15:39Porque o STF sabe de "podres" do Pacheco?
Mauro Cleman Sá De Araujo
11.09.2024 12:57Políticos como Pacheco, isto é, da "Corte" não entendem o momento em que vivem. Parece síndrome de Maria Antonieta. Estão olhando o "bolsonarismo" como ameaça e esquecendo a Nova Direita, essa que os desprovidos de noção atribuem a alcunha de extrema direita. Se desenha um movimento que descobriu o canal de ligação com a população, este que as Cortes não conseguem e não sabem se comunicar. Melhor ceder os anéis e não comer brioches.
Gastão Eduardo Carvalho
11.09.2024 10:16Eita Capacheco. Não encampará o mega pedido de impeachment porque sempre foi, é, e continuará sendo um bosta, com o rabo entre as pernas e ajoelhado perante o STF com seus asseclas.
Marcia Elizabeth Brunetti
11.09.2024 10:00E assim caminha nosso amado Brasil...nas mãos de quem menos se preocupa com o povo. De fato eu não acreditei que Xandão sofreria empeachment. Ele esteve muito tranquilo o tempo todo, apesar do que os organizadores prometiam uma "grande manifestação" do 7 de Setembro. E, como vimos, foi um fracasso. Pior , ainda vejo como tem gente que estimula o povo "à ir as ruas", porque o povo é a força e blá blá blá.
Claudemir Silvestre
11.09.2024 08:13Políticos como Pacheco são a confirmação que eles estão no poder para se dar bem e NÃO para trabalhar em prol do país !! Não pensam no bem coletivo, mas sim oque podem ganhar como políticos de Brasilia.