“Não dá para a UERJ ficar pagando para estudarem lá”, diz Castro
O governador do Rio de Janeiro rechaçou a possibilidade de fazer novos aportes financeiros à universidade
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), rechaçou na segunda-feira, 9, a possibilidade de novos aportes financeiros do governo fluminense à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), cujos acessos do Pavilhão João Lyra Filho foram bloqueados por alunos insatisfeitos com cortes de benefícios oferecidos durante a pandemia.
Em entrevista coletiva, Castro afirmou que o governo do Rio já realizou 100% dos aportes combinados com a universidade e que não dá para a UERJ “ficar pagando para as pessoas estudarem lá”.
“A reitoria vai ter que achar com os alunos o modelo, porque não dá, para além de ser pública e gratuita, a Uerj ficar pagando para as pessoas estudarem lá. Você tem outra situação de vulnerabilidade, ok, mas virar uma faculdade que agora você paga o aluno, ainda mais o depois que o aluno falou no vídeo de ‘bolsa maconha’, mostra que estão desvirtuando a ideia de bolsa, o Estado não está aqui para dar bolsa, muito menos ‘bolsa maconha’ para aluno que quer fazer a baderna na universidade. Então o Estado chegou no limite”, disse.
150 milhões de reais para a UERJ
Como mostramos, o governo do Rio concordou em repassar 150 milhões de reais à UERJ, como parte de uma suplementação orçamentária destinada a cobrir diversas despesas até o final do ano.
Parte desse valor será utilizada para conceder auxílios financeiros a estudantes que foram excluídos dos novos critérios da Bolsa Apoio à Vulnerabilidade Social (BAVS).
A mudança nos critérios da BAVS, estabelecida pelo Ato Executivo de Decisão Administrativa (AEDA) 038/2024, gerou uma onda de revoltas entre os estudantes, levando à ocupação de prédios da UERJ. A nova regra reduz a renda mínima para elegibilidade, de um salário mínimo e meio para meio salário mínimo, o que excluiu cerca de 1.200 estudantes do benefício.
Além dos auxílios emergenciais, o repasse permitirá à UERJ honrar compromissos financeiros, como o pagamento de quase 9 mil bolsas permanência para cotistas e 6 mil bolsas acadêmicas, além de arcar com despesas operacionais.
Leia mais:
“Sequestro de prédio público” na UERJ é feitiço da esquerda contra a feiticeira
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)