O pior ar do mundo em São Paulo
Capital paulista lidera pelo segundo dia consecutivo índice mundial de pior qualidade do ar medido por site suíço. Clima só deve começar a mudar no sábado, 14
São Paulo lidera pelo segundo dia consecutivo o ranking de pior qualidade do ar entre as maiores cidades do mundo, medido pelo site suíço IQAir (foto). Nesta terça-feira, 10, a capital paulista aparece logo à frente de Jakarta, capital da Indonésia, e de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo.
A qualidade do ar de São Paulo é classificada no momento como “insalubre”, com 160 no índice — só há dois níveis piores: “muito insalubre” (de 200 a 300) e “perigosa” (mais de 300). O ranking leva em conta 120 grandes cidades e considera padrões de qualidade do ar americanos.
A previsão do Climatempo para a semana ajuda a explicar os motivos: “Devido ao transporte de fumaças de queimadas, a maior parte do BR pode ter uma condição ainda de céu mais esbranquiçado de visibilidade bem prejudicada, principalmente os estados do interior do país”.
“Essa enorme e densa nuvem de fumaça é formada pela fumaça que vem de incêndios que são observados na maioria dos estados brasileiros, no Paraguai, na Bolívia, no norte da Argentina”, diz boletim do Climatempo. Isso deve fazer desta semana uma das mais quentes do ano em São Paulo.
Muito ruim
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) classifica a qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo como “muito ruim” nesta terça — é a segunda pior classificação, melhor apenas do que “péssima”.
Nessa condição, é esperado que os paulistanos que tenham doenças respiratórias ou cardíacas sintam os sintomas de suas enfermidades agravados, em especial idosos e crianças. Mesmo quem não tem problemas de saúde deve sentir ardor nos olhos, nariz e garganta, ter tosse seca e sentir cansaço.
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo recomenda no boletim desta terça “manter-se bem hidratado, proteger-se do sol, manter ambientes internos úmidos através de borrifadores, vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água, e evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 18 horas’.
Até quando?
O clima só deve começar a mudar em São Paulo no sábado, 14, quando o bloqueio atmosférico causado por uma massa de ar seco se dissipa, segundo o CGE.
“Até lá a previsão aponta para dias com temperaturas acima da média e baixa umidade do ar em grande parte do dia, o que aumenta o risco de queimadas e incêndios nas áreas vegetadas”, diz o centro. “Além disso, as condições atmosféricas não favorecem a dispersão dos poluentes, o que contribui para a péssima qualidade do ar.”
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