A disputa pela cadeira do Lira e a implosão do Centrão A disputa pela cadeira do Lira e a implosão do Centrão
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A disputa pela cadeira do Lira e a implosão do Centrão

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Wilson Lima
2 minutos de leitura 10.09.2024 09:06 comentários
Análise

A disputa pela cadeira do Lira e a implosão do Centrão

Briga pela Presidência da Câmara vai dividir esse bloco de partidos fisiológicos - ressuscitado por Eduardo Cunha em 2013 - em dois

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Wilson Lima
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A disputa pela cadeira do Lira e a implosão do Centrão
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Líderes do Centrão afirmaram a O Antagonista que, ao anunciar que se retirava da corrida pela presidência da Câmara dos Deputados, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP) vendeu um consenso ao nome de Hugo Motta (PB) que nunca existiu. Na prática, a candidatura do parlamentar paraibano pode, inclusive, implodir o que se convencionou chamar de “Centrão”.

De um lado estão Ciro Nogueira (PP), Valdemar Costa (PL) e Marcos Pereira – unindo siglas como União Brasil, PL, PP e Republicanos – um bloco com 186 deputados; do outro, como mostramos na manhã desta terça-feira, 10, estão os líderes do PSD, Antonio Brito, e do União Brasil, Elmar Nascimento.

O acordo começou a ser selado na semana passada, quando Gilberto Kassab, presidente do PSD, entrou nas negociações em linha direta com o presidente do União, Antonio de Rueda. Os dois dirigentes partidários classificaram como golpe a tentativa de interferência de Pereira no processo de disputa pelo cargo mais importante do legislativo brasileiro.

Saiba mais: O governismo dos candidatos à Presidência da Câmara

O consenso entre Elmar e Brito, como mostramos, veio em encontro realizado na noite desta segunda-feira. Na prática, PSD e União agora vão andar juntos na briga pela sucessão de Lira.

Centrão rachado em dois?

A questão é que outros partidos devem fazer parte desse novo mega bloco que pode reunir integrantes do União Brasil, MDB, PDT, PSD, PSB e PSDB/Cidadania e Avante. Algo em torno de 324 deputados – incluindo-se aí a federação Brasil da Esperança – PT, PcdoB e PV.

Outro ponto importante é que esse bloco nasce com uma pecha governista, algo que encanta os olhos do presidente Lula. Oficialmente, o petista não quer interferir na disputa pela Presidência da Câmara; nos bastidores, no entanto, Lula trabalha diuturnamente para dinamitar o poder de Lira.

A entrada de Motta não somente dinamitou o poder de Lira como implodiu o Centrão, esse bloco de partidos fisiológicos ressuscitado pelas mãos de Eduardo Cunha (na época, no MDB) no longínquo ano de 2013. Agora, na disputa pela cadeira mais importante do legislativo (quiçá, da República), o Centrão pode ser enterrado de vez. Ou, pelo menos, ter uma cara diferente.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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Comentários (5)

Edmilson Siqueira

10.09.2024 18:49

Com certeza o Centrão terá uma cara diferente. Implodir jamais. Ele existe desde que Cabral por aqui aportou e continuará mamando nas tetas públicas por toda a eternidade.


CARLOS HENRIQUE SCHNEIDER

10.09.2024 15:29

Imagino que Ciro Nogueira e Valdemar C. Neto estejam pensando em alguma ação mais drástica, algo capaz de tirar o sono do "blocão da sitaução"... Daí vai a minha sugestão: abram uma CPI da Lava-Toga! Duvido que o atual parlamento tenha vontade de mudar as coisas como estao hoje, mas esta seria uma ação de impacto na alma do STF e de Lula!!!


Um_velho_na_janela

10.09.2024 10:39

Até que não é difícil chegar a um consenso entre partidos, já que todos eles dispõem de excelentes contadores para dividir o botim equitativamente.


Clayton De Souza pontes

10.09.2024 10:22

Com essa quantidade de partidos deve ser muito difícil construir uma visão estratégica para o pais, sem mencionar que a maioria dos congressistas trabalha com uma visão paroquial do seu mandato


Annie

10.09.2024 09:37

A jararaca em ação.


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