O mais novo pacto na disputa pela Presidência da Câmara
Elmar Nascimento (União) e Antonio Brito (PSD) firmam acordo para apoiar a candidatura mais competitiva na disputa com Hugo Motta (Republicanos)
Os líderes do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), selaram um pacto durante reunião realizada na noite desta segunda-feira, 9, para tentar frear a candidatura do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), à Presidência da Câmara.
Análise: O rei Arthur Lira está nu
Durante o encontro, conforme apurou O Antagonista, os dois decidiram manter as respectivas candidaturas à Presidência da Câmara. Isso no primeiro turno. No segundo turno, tanto Elmar quanto Brito aceitaram apoiar a candidatura que conseguir fazer frente à de Motta. Ou seja, se Elmar for mais bem colocado, Brito apoiará automaticamente a candidatura do União Brasil e vice-versa.
Depois do encontro, tanto Brito quanto Elmar postaram uma foto confirmando o ‘noivado’ nas redes sociais. Detalhe: os dois postulantes ao cargo de Arthur Lira (PP-AL) usaram a mesma legenda nas imagens.
“Quando trabalhamos juntos, conseguimos ir mais longe. Unidos por algo maior: o compromisso de construir um Brasil onde o diálogo e o entendimento fazem a diferença”.
A articulação envolveu diretamente os presidentes do PSD, Gilberto Kassab, e do União Brasil, Antonio de Rueda. Nas conversas, conforme O Antagonista apurou, havia uma preocupação com a possibilidade de o União Brasil dominar as duas casas legislativas já que Davi Alcolumbre (União-AP) é apontado como favorito para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Assim, ainda há a possibilidade de que Elmar Nascimento abra mão de sua candidatura justamente para que se estabeleça a dobradinha PSD – União Brasil.
A Presidência da Câmara e a disputa pelos deputados petistas
A jogada de Brito e Nascimento também tem o intuito de atrair a bancada do PT, PcdoB e PV, que hoje tem 80 parlamentares. Com isso, tanto o PSD quanto o União pretendem também atrair deputados de PSB, e da Federação Rede/PSOL, que também tem 14 parlamentares. A candidatura de Motta deve reunião PL, PP e Republicanos – um bloco com 186 deputados.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, ficou de fora das conversas entre essa ala do Centrão e, assim como os demais deputados, teve conhecimento do noivado apenas pelas redes sociais.
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