Após trégua, Bolsonaro se volta contra Marçal: “Arregão”
O ex-presidente compartilhou no WhatsApp um vídeo dizendo que o ex-coach é um "aproveitador" que tem "medo" de Alexandre de Moraes
Após um curto período de trégua com o ex-coach e empresário Pablo Marçal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou um vídeo no WhatsApp que chama o ex-coach de “aproveitador”, “arregão” e “traidor”, registrou o Uol.
No vídeo, um locutor afirma que o ex-coach tem “medo” do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e que a “verdadeira face” de Marçal foi apresentada na manifestação de 7 de setembro, realizada na avenida Paulista. A peça também traz o pastor Silas Malafaia dizendo que Marçal não subiu no trio elétrico do evento porque chegou atrasado.
Em outro momento, o vídeo coloca trechos de uma entrevista concedida por Marçal, na qual ele diz que “não tem problema nenhum com Alexandre de Moraes” e “que não vai arrumar briga com o STF”.
“Pode não ser a sua briga Marçal, mas é a nossa briga. Brigar pela liberdade de expressão é a nossa briga”, rebate o locutor.
No final, o vídeo diz que “a direita não pode ser enganada novamente e se dividir”.
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“Lamentável”
Como mostramos, Bolsonaro disse que Marçal protagonizou um episódio “lamentável” durante a manifestação, que tinha como principal alvo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Em mensagem a aliados no WhatsApp, Bolsonaro afirmou que Marçal tentou “fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros”.
“Os candidatos a prefeito por São Paulo foram convidados. O atual prefeito Ricardo Nunes e Maria Helena compareceram desde o início e tiveram uma conduta exemplar e respeitosa, à altura das pautas defendidas: ‘liberdade, anistia e equilíbrio entre os três Poderes’”, escreveu Bolsonaro.
“O único e lamentável incidente ocorreu após o término do meu discurso (com o evento já encerrado) quando então surgiu o candidato Pablo Marçal que queria subir no carro de som e acenar para o público (fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros), e não foi permitido por questões óbvias”, acrescentou.
Marçal rebate Bolsonaro
O ex-coach, por sua vez, negou que tenha usado o ato de 7 de setembro como palanque.
“Como fazer palanque se não me deixaram subir no palanque? Eu fui para os braços do povo. Não tive fala nenhuma, só fui o único que foi para os braços do povo”, disse o candidato do PRTB ao Estadão.
Em vídeo publicado no Instagram, Marçal reiterou que foi barrado e afirmou que está sozinho em sua campanha.
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