PGR de Maduro zomba de Edmundo González
Procurador-geral da Venezuela afirma que chegada do opositor na Espanha representa fim de uma temporada de “obra humorística”
O procurador-geral do regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, Tarek William Saab, zombou do candidato opositor Edmundo González, que saiu do país para iniciar seu exílio na Espanha.
Em pronunciamento na TV estatal, Saab afirmou que a chegada de Edmundo no país europeu representa o fim de uma temporada de “obra humorística”.
“Um gênero que eu poderia dizer ser de comédia, de teatro burlesco, iniciada neste ano de 2024. Essa obra medíocre causou angústia, sangue, suor e lágrimas a espectadores inocentes”, acrescentou.
Ele disse ainda que essa “obra humorística” tinha uma atriz secundária, uma vilã que “ameaçava o protagonismo” de González, em referência à líder da oposição, María Corina Machado.
Em sua mensagem, Saab afirmou respeitar a decisão de conceder o salvo-conduto para que González fosse para a Espanha.
González foi um dos principais alvos da perseguição da ditadura de Maduro após a fraude eleitoral de julho. O diplomata de 75 anos, que permaneceu escondido desde 30 de julho, afirma ser o vencedor das eleições que reelegeram Maduro.
Até hoje o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela não apresentou as atas eleitorais exigidas por lei, alegando uma violação do sistema. Já a oposição disponibilizou em um site mais de 80% de todos os documentos emitidos pelas urnas.
Chavismo ordena prisão de Edmundo González
A Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, anunciou na última segunda-feira, 2 de setembro, que um tribunal expediu um mandado de prisão contra Edmundo González.
O diplomata foi intimado para prestar depoimento sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho. Segundo a oposição, González venceu o ditador Nicolás Maduro com cerca de 70% dos votos.
“Eles perderam toda a noção da realidade. Ao ameaçar o Presidente Eleito apenas conseguem nos unir mais e aumentar o apoio dos venezuelanos e do mundo a Edmundo González”, escreveu María Corina sobre o mandado de prisão.
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