Boeing consegue acordo nos EUA e evita greve
O acordo preliminar entre a Boeing e o Sindicato dos Maquinistas evita uma greve iminente e traz benefícios mútuos, incluindo aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho e aposentadoria.
A Boeing e o Sindicato dos Maquinistas, representando 33 mil funcionários na Costa Oeste dos Estados Unidos, anunciaram um acordo preliminar nesta semana que pode evitar uma greve prevista para esta sexta-feira, 13 de outubro de 2024.
O acordo preliminar, que ainda precisa ser aprovado pelos membros do sindicato, foi recebido com entusiasmo pela liderança sindical. O sindicato elogiou os avanços alcançados nas negociações.
Acordo Preliminar da Boeing com Sindicato dos Maquinistas
A Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais afirmou que o acordo preliminar atendeu as principais prioridades dos trabalhadores. Segundo a entidade, houve um esforço considerável para garantir os melhores interesses dos funcionários.
Entre os benefícios acordados, estão aumentos salariais que totalizam 25% ao longo de quatro anos. Além disso, foram feitas melhorias nas contribuições para os planos de aposentadoria 401(k) e reduzidas as contribuições dos funcionários para o seguro de saúde. Também houve um aumento no tempo de folga remunerada.
Perguntando-se: Quais São os Benefícios do Acordo?
De acordo com Stephanie Pope, CEO da unidade de aviões comerciais da Boeing, o acordo fornece uma resposta às principais demandas dos trabalhadores. “Nós ouvimos vocês e trabalhamos para oferecer uma proposta histórica que cuida dos funcionários e suas famílias”, afirmou Pope.
Outro benefício significativo do acordo é o aumento da segurança no emprego. A Boeing se comprometeu a construir o próximo novo avião em uma das fábricas representadas pelo sindicato na região de Puget Sound, proporcionando maior estabilidade para os funcionários.
Como o Histórico Recente da Boeing Impactou as Negociações?
Nos últimos anos, a Boeing enfrentou diversos desafios. A paralisação do 737 Max por 20 meses entre 2019 e 2020, devido a acidentes fatais, e a queda na receita durante a pandemia, impactaram profundamente a empresa. Incidentes de qualidade e segurança, como o soltar de um plugue de porta em janeiro de 2024, exacerbaram a situação.
Esses problemas resultaram em perdas operacionais significativas, somando US$ 33,3 bilhões desde 2019. A crise financeira da empresa contrastou com o sucesso de outras grandes corporações que conseguiram fechar acordos sindicais lucrativos no ano passado, como UPS e Ford.
Boeing Estava Preparada Para Fazer Concessões Maiores?
No passado, a Boeing fez concessões importantes para alcançar acordos com o sindicato, como o fim do plano de pensão tradicional. O ex-CEO Dave Calhoun já havia expressado a disposição da empresa em fazer grandes esforços para evitar uma greve, destacando a importância de tratar bem os funcionários durante o processo de negociação.
Kelly Ortberg, que assumiu como CEO em 8 de agosto de 2024, também se mostrou comprometido em melhorar as relações com o sindicato. Ortberg afirmou estar focado em criar um ambiente de trabalho seguro e justo para todos.
Quais São os Próximos Passos Para a Boeing e os Trabalhadores?
A próxima etapa envolve a votação dos membros do sindicato para aprovar o acordo preliminar. A liderança da Boeing espera que a proposta seja bem recebida e aprovada sem contratempos.
Se aprovado, este acordo preliminar entre a Boeing e o Sindicato dos Maquinistas representará um avanço significativo na busca por estabilizar as operações da empresa e assegurar a satisfação dos trabalhadores. O objetivo é que os benefícios acordados sejam implementados de forma eficaz, minimizando interrupções e fortalecendo a relação entre a empresa e seus funcionários.
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