Bolsa praticamente zera ganhos do ano em semana agitada
Apesar da forte volatilidade e duas intervenções do BC, o dólar terminou a semana praticamente estável, com leve queda de 0,13%
O Ibovespa, principal índice acionário do país, encerrou a sexta-feira, 6, em forte queda de 1,41%, aos 134,5 mil pontos. Na semana, porém, o índicador acumulou recuo de 1,05%. Com isso, o índice praticamente devolveu todo o ganho do ano devolveu e ficou apenas 0,29% no positivos nos pouco mais de 8 meses de negociações de 2024, após o melhor agosto em sete anos.
O motivo apontado por especialistas para o mau humor dos investidores locais foi o relatório do Payroll americano abaixo do esperado, que teria ressucitado temores de uma desaceleração mais forte da maior economia do mundo. O dado do Departamento de Tralbalho americano apontou a criação de 142 mil vagas em agosto, contra 160 mil do esperados pelos economistas consultados plea Bloomberg.
A aversão a risco tomou conta das bolsas globais e acabou contaminando a B3, que registrou 75 das 86 que compõem o Ibovespa no vermelho no fechamento da sessão desta sexta-feira, 6. As principais contribuições negativas ficaram com os papéis de Petrobras (-1,96% PN; -1,84% ON), Vale (-1,25%) e Itaú (-1,41%).
Juros futuros subiram em toda a curva até o ajuste no fim da tarde, mas encerraram as negociações com os vencimentos mais longos em queda no dia. A semana, no entanto, foi de recuo das taxas futuras em todos os prazos, com o êxito da comunicação do Banco Central em afastar os investidores das aposta em uma elevação da Selic em 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
O dólar encerrou o dia em alta de 0,42%, cotado a 5,60 reais, após uma semana de alta volatilidade. No acumulado da semana, no entanto, a moeda americana terminou o período praticamente como começou, apenas com um leve recuo de 0,13% após duas intervenções do Banco Central para tentar segurar a desvalorização do real.
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