Almeida atribui denúncias a fogo amigo de Padilha, Anielle e amigos de Damares
O ONG Me Too Brasil informou ter recebido denúncias sobre supostos casos de assédio sexual; ministro também é alvo de denúncias de assédio moral
Após ter sido alvo de denúncias de supostos casos de assédio sexual e assédio moral (estes, revelados nesta sexta-feira com exclusividade por O Antagonista), o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, levantou prints, conversas e vídeos, e fará a sua defesa adotando a seguinte linha: ele atribui a crise a um fogo amigo desencadeado por Anielle Franco, pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha e, em menor grau, por servidores que chegaram à pasta pelas bênçãos da ex-ministra e hoje senadora Damares Alves.
Como mostramos, a ONG Me Too Brasil informou ter recebido denúncias contra Almeida sobre supostos casos de assédio sexual. Uma das vítimas, segundo o Metrópoles, seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Nesta sexta-feira, o Antagonista revelou com exclusividade que servidores foram coagidos a assinar um manifesto em defesa do ministro, o que se configuraria assédio moral.
O presidente Lula terá uma reunião, ainda nesta sexta-feira, com Anielle Franco em que ela tende a confirmar as denúncias de assédio e também com o próprio Silvio Almeida. Diante da repercussão do caso, foi convocada uma reunião extraordinária da Comissão de Ética Pública da Presidência da República para analisar as acusações contra o ministro. O Antagonista apurou que Almeida pretende afirmar que tudo não passa de uma conspiração para tirá-lo do cargo. Isso tanto ao presidente quanto aos integrantes da Comissão de Ética Pública.
Mas a Anielle Franco também seria uma infiltrada da Damares? Neste caso, a linha de defesa que deve ser adotada pelo ministro tem relação direta a uma disputa de poder dentro da Esplanada dos Ministérios. Desde o início da gestão, segundo o que apurou este portal, Anielle e Silvio trocam farpas nos bastidores sobre a atuação de cada um em determinadas atribuições conflitantes dos ministérios dos Direitos Humanos e da Igualdade Racial sobre as políticas de inclusão da população negra no país.
Padilha também é apontado como outro detrator de Sílvio Almeida. Mas a lista de inimigos de Silvio de Almeida não para por aí. Ela é composta por outros nomes como os da ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, e do presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
Logo após o surgimento das denúncias, a primeira-dama Janja publicou em suas redes sociais uma foto em que ela faz um afago à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Aquele foi um indicativo de como o governo Lula tende a atuar neste caso.
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