Bia Kicis quer pressão sobre Pacheco garantir impeachment de Moraes
"Pode ser que ele seja insensível aos clamor das ruas. Mas ele não poderá ser insensível ao clamor de seus pares", afirmou a deputada bolsonarista
Para a líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Bia Kicis (PL-DF), o meio mais eficaz de viabilizar o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é a pressão de senadores sobre o presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco.
“O mais importante agora é a gente fazer com que a pressão sobre o Rodrigo Pacheco parta do Senado. Pode ser que ele seja insensível aos clamor das ruas. Mas ele não poderá ser insensível ao clamor de seus pares. Imagina os senadores acompanhando a obstrução que nós vamos fazer na Câmara…”, ponderou a deputada em entrevista a O Antagonista.
Mas os senadores não parecem dispostos a bancar a mesma inciativa anunciada pela deputada, segundo as informações confirmadas em coletiva de imprensa, na última quarta-feira,4.
Enquanto Kicis “cravou” a decisão tomada pelos deputados de obstruir a pauta da Câmara, o líder da oposição, Marcos Rogério (PL-RO), pregou cautela e disse que precisa, antes de definir se a oposição no Senado fará obstrução, de uma nova deliberação com seus pares.
Impeachment de Moraes
A movimentação ocorre após reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revelar que um auxiliar de Moraes no gabinete do STF pediu, de forma não oficial, a produção de relatórios de investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões no chamado inquérito das fake news, instaurado pela Corte para apurar ataques a ministros.
O X, do bilionário Elon Musk, expôs uma petição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, datada de 9 de março de 2023, na qual o magistrado ordenou, em caráter sigiloso, o bloqueio de contas com menos de mil seguidores.
Os perfis pertenciam aos usuários Katia Graceli (@KatiaGraceli), Beto Rossi (@rossi_beto) e Lucinha Ramiro (@ramiromarlucia).
O ofício foi encaminhado a Facebook, X (ex-Twitter), Instagram e Youtube.
Moraes deu o prazo de duas horas para que cada empresa realizasse a suspensão das contas, sob pena de multa diária de 100 mil reais, “com fornecimento de seus dados cadastrais a esta Suprema Corte e a integral preservação de seu conteúdo”.
“A ordem viola as garantias constitucionais ao devido processo legal, à liberdade de expressão e à proteção de dados pessoais. As contas dos mencionados cidadãos eram seguidas por um pequeno número de pessoas e suas postagens expressavam apenas apoio a pontos de vista e políticos conservadores.
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