De acordo com o parlamento ucraniano, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, anunciou a sua demissão numa grande remodelação governamental na Ucrânia.

O presidente do Parlamento, Ruslan Stefanchuk, postou uma foto do pedido manuscrito de demissão datado de quarta-feira, 4 de agosto, em sua página no Facebook. Stefanchuk anunciou que o pedido seria discutido em uma das próximas reuniões da Rada Suprema.

Kuleba era Ministro dos Negócios Estrangeiros desde 2020, antes do início da guerra de invasão russa.

O político de 43 anos é considerado extremamente popular em seu país. Desde o início da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, ele tem feito campanha por apoio ao seu país em inúmeras viagens ao exterior e por sanções contra Moscou.

“Deixar a história para os historiadores”

Inicialmente, não foram apresentadas razões para a demissão do diplomata-chefe ucraniano. No entanto, houve especulações durante semanas sobre a saída iminente de Kuleba do governo.

Um funcionário de alto escalão do gabinete presidencial ucraniano criticou recentemente os métodos de trabalho do ministério liderado por Kuleba.

Além disso, as recentes declarações de Kuleba sobre os massacres cometidos contra os polacos pelos nacionalistas ucranianos na década de 1940 causaram indignação no país vizinho. Durante uma visita à Polônia, Kuleba defendeu “deixar a história para os historiadores e moldar o futuro juntos”.

Há sempre tensões entre os dois países devido às diferentes perspectivas sobre a sua história partilhada. Ao mesmo tempo, Varsóvia é um dos aliados mais importantes de Kiev na defesa contra a guerra de agressão russa.

Partidários apoiam saída

Sete colegas de seu próprio partido na comissão parlamentar de política externa saúdam a saída de Kuleba do cargo, escreveu a parlamentar Iryna Herashchenko no Telegram.

Segundo a mídia ucraniana, Kuleba será substituído por seu atual vice, Andrij Sybiga, ex-vice-chefe do gabinete presidencial que também trabalhou anteriormente como embaixador.

A nomeação de Sybiga como vice de Kuleba em Abril foi vista como uma tentativa da presidência de exercer mais influência sobre o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

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