Os ‘elogios’ de Malafaia a Pacheco: “Frouxo, covarde e omisso”
Para o líder religioso, o presidente do Senado não pauta o impeachment de Moraes por interesses pessoais
Para o pastor Silas Malafaia, famoso por suas opiniões polêmicas, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) “está sentado em cima dos pedidos de impeachment de Alexandre de Moraes pelos interesses dele em cima da sua banca de advogados no Supremo Tribunal Federal”.
O líder religioso, que é para o ex-presidente Jair Bolsonaro uma espécie de “conselheiro”, não poupou críticas ao mineiro em virtude da não apreciação dos pedidos de impeachment pelo plenário do Senado: “frouxo, covarde e omisso”.
Malafaia avalia que há “uma panela de pressão” prestes a “estourar”. “A hora que a paciência do povo chegar num limite e o povo for para rua acabou para esses caras. Ninguém vai conseguir parar isso”.
Pedido de impeachment
Malafaia, que organiza o ato agendado para o 7 de setembro na avenida Paulista disse em entrevista a O Antagonista, que o mote da manifestação será o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. “Esse camarada se acha o dono do Brasil, cometendo as mais absurdas arbitrariedades, rasgando constituição, passando por cima de leis. Eu vou fazer o meu mais duro e veemente discurso contra esse camarada”.
Malafaia disse ainda que a suspensão da rede social X é uma “tática para desviar o assunto quando ele [Moraes] está nas cordas. Já fez isso outras vezes, quer desviar das denuncias da Folha de São Paulo. […] Só o que foi mostrado até agora já dá para dar um impeachment nesse camarada. É uma vergonha internacional que estamos passando, porque ele manda prender quem ele quer, persegue quem deseja, cerceia redes de quem bem entende”.
A mobilização ocorre no esteio das denúncias feitas pela Folha de S. Paulo sobre o uso da estrutura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar o inquérito das “fake news” em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Quando ocorreu a movimentação pelo impeachment de Xandão?
A movimentação ocorre após reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revelar que um auxiliar de Moraes no gabinete do STF pediu, de forma não oficial, a produção de relatórios de investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões no chamado inquérito das fake news, instaurado pela Corte para apurar ataques a ministros.
“As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano”, diz o jornal.
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