Setembro deve ter número maior de incêndios e seca Setembro deve ter número maior de incêndios e seca
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Setembro deve ter número maior de incêndios e seca

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 04.09.2024 08:59 comentários
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Setembro deve ter número maior de incêndios e seca

O monitoramento de seca revela um setembro preocupante para o Brasil, com risco elevado de incêndios.

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Setembro deve ter número maior de incêndios e seca
Créditos: depositphotos.com / toa55

O monitoramento de seca no Brasil revela um cenário preocupante para setembro de 2024. Especialistas indicam que a tendência de aumento nos incêndios pode ser ainda mais intensa do que nos meses anteriores. Dados recentes mostram um impacto severo na vegetação, aumentando significativamente o risco de propagação do fogo.

A situação se agrava com a previsão de ondas de calor intensas e chuvas abaixo da média até novembro. Até mesmo frentes frias, que normalmente trariam alívio, podem contribuir para novos focos de incêndio, como os ocorridos entre 19 e 25 de agosto, especialmente em estados como São Paulo e Mato Grosso, ficando cidades cobertas de fumaça.

Por que Setembro Pode Ser Pior para Incêndios?

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas previstas para setembro em grande parte do Brasil são superiores à média histórica. Áreas nos estados do Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso são particularmente vulneráveis.

A combinação de temperaturas elevadas com um déficit significativo de chuvas cria um ambiente propício para a propagação do fogo. Especialistas ressaltam que a melhor medida contra esses riscos é a intensificação da fiscalização ambiental.

Qual o Impacto do Estresse Vegetativo?

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) informou que a maior parte do país está em um estágio crítico de seca, combinando falta de chuvas, baixa umidade no solo e alto estresse vegetativo. Este último é particularmente perigoso, pois torna as plantas mais suscetíveis ao fogo.

Marcelo Zeri, pesquisador do Cemaden, explica que o estresse vegetativo pode ser detectado pela temperatura e cor das plantas, analisadas via satélites da Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (Noaa). Uma planta seca e estressada tende a ficar mais quente e menos verde, indicando uma saúde debilitada.

Regiões mais Afetadas

  • São Paulo: O norte do estado já demonstra sinais de seca há vários meses, tornando-se um ponto crítico para incêndios.
  • Amazonas e Pará: Estas regiões também enfrentam um risco elevado devido às altas temperaturas e baixa precipitação.
  • Mato Grosso: A seca prolongada tornou a vegetação especialmente vulnerável.

Como a Previsão Climática Influencia nos Incêndios?

Segundo o meteorologista Marcio Cataldi, da Universidade Federal Fluminense, o Brasil está no final da sua estação seca, com pouca precipitação prevista até outubro. “O que deve chover em setembro é ainda menos do que a climatologia, então temos um risco muito grande de propagação de incêndio”, comenta ele.

O vento é outro fator crucial no espalhamento do fogo. Frentes frias podem intensificar ventos, tornando o controle do fogo ainda mais difícil. Mesmo com tecnologias modernas, é complicado combater incêndios sob essas condições extremas.

Medidas de Prevenção e Combate

Especialistas defendem um reforço na fiscalização e na identificação precoce dos focos de incêndio. Marcelo Zeri acredita que a integração de tecnologias, como sensores que detectam aumento de CO², pode ser vital. Este modelo já é utilizado em países europeus e mostrou eficácia em projetos piloto no Brasil, como no Parque Nacional do Itatiaia.

  1. Reforço na Fiscalização: Aumentar a presença de brigadas e agentes ambientais.
  2. Uso de Tecnologia: Implementar sensores de CO² e monitoramento via satélite.
  3. Educação e Conscientização: Campanhas de conscientização sobre os riscos e procedimentos em caso de incêndio.

Conclusão

O monitoramento de seca no Brasil em 2024 evidência uma situação alarmante para setembro. A combinação de secas severas, altas temperaturas e ventos intensos cria um ambiente extremamente vulnerável a incêndios. Medidas imediatas de fiscalização e o uso de tecnologias avançadas são essenciais para minimizar esse risco. Como aponta Marcelo Zeri, é crucial que todos os setores trabalhem juntos para enfrentar essa crise ambiental.

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