Denúncia revela falhas graves na segurança de Trump durante atentado
Denunciantes afirmam que Serviço Secreto recebeu treinamento inadequado para proteger o ex-presidente na campanha
Senadores americanos foram informados por denunciantes que o Serviço Secreto está “lamentavelmente despreparado” para garantir a segurança de candidatos presidenciais, incluindo o ex-presidente Donald Trump. A revelação veio à tona após um atentado contra Trump em julho, durante um comício na Pensilvânia.
Segundo os denunciantes, agentes designados para proteger Trump receberam treinamento insuficiente. Um exemplo alarmante foi uma sessão de treinamento virtual de apenas duas horas, marcada por falhas técnicas.
“O áudio não funcionava e o conteúdo era obsoleto”, relatou um dos denunciantes ao senador Josh Hawley. Mesmo após o atentado, os treinamentos não foram atualizados, gerando críticas severas à preparação dos agentes.
Hawley, que trouxe as alegações ao público em uma entrevista na TV, criticou duramente o governo: “É um pesadelo, e só sabemos disso graças aos denunciantes”, disse. Ele ainda destacou que, no dia do ataque, o agente responsável pelo local foi descrito como “inexperiente e incompetente”.
O atentado ocorreu em 13 de julho, quando o atirador Thomas Crooks conseguiu acessar o telhado de um prédio próximo ao comício, armado com um fuzil. Desde então, investigações apontam falhas graves nos protocolos de segurança.
Imagens mostram caos entre policiais
Imagens de câmeras corporais e outras gravações divulgadas mostram os momentos de tensão vividos por policiais da Pensilvânia durante a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump, em julho.
Os vídeos, obtidos por meio de um pedido de registros públicos pelo The New York Times, revelam o esforço frenético das forças de segurança para localizar e neutralizar o atirador Thomas Crooks, que se posicionou no telhado de um armazém próximo ao comício de Trump.
Os vídeos mostram que, por volta das 18h08, os oficiais conseguiram identificar a localização de Crooks, que estava armado, e iniciaram uma busca desesperada para chegar até ele. Apesar dos esforços dos policiais, Crooks conseguiu abrir fogo três minutos depois, causando pânico na cena.
A reação das forças de segurança, incluindo um atirador de elite do Serviço Secreto, foi rápida, mas a divulgação das imagens levanta questionamentos sobre a demora em retirar Trump do palco. As imagens capturam o momento em que um policial avisa pelo rádio sobre a presença de um atirador, informação que, segundo o diretor interino do Serviço Secreto, Ronald Rowe Jr., nunca chegou à equipe responsável pela segurança de Trump.
Anthony Guglielmi, porta-voz do Serviço Secreto, classificou o episódio como “uma falha” do serviço, acrescentando que políticas e procedimentos de proteção estão sendo revisados para evitar que uma tragédia similar ocorra novamente.
Teorias da conspiração sobre morte de Trump: por que são absurdas?
As teorias da conspiração que circulam sobre a tentativa de assassinato de Donald Trump foram amplamente desacreditadas por especialistas, que consideram as alegações não apenas absurdas, mas perigosas para a sociedade.
Um dos principais pontos levantados é a falta de evidências concretas. As investigações oficiais confirmaram que o atirador, Thomas Crooks, agiu sozinho no atentado em Butler, Pensilvânia. A teoria de que múltiplos atores estariam envolvidos é totalmente infundada e carece de provas verificáveis. Especulações sem base factual alimentam essas teorias, mas, na realidade, não há nada que sustente tais alegações.
Outro fator que contribui para a disseminação dessas teorias é a motivação psicológica. Muitas pessoas sentem-se atraídas por teorias da conspiração porque estas oferecem uma sensação de controle ou clareza em meio ao caos. Estudos indicam que indivíduos que acreditam em conspirações frequentemente enfrentam sentimentos de impotência ou ameaça, e as teorias servem como uma forma de lidar com essas emoções.
Além disso, as teorias da conspiração podem ter impactos negativos e perigosos. Ao propagar desinformação, elas corroem a confiança nas instituições públicas e fomentam divisões sociais. Essa desconfiança exacerbada pode levar à radicalização, criando um ambiente polarizado e hostil, onde a verdade se torna cada vez mais difícil de discernir.
Por fim, há a questão da desinformação e manipulação. Conspirações são frequentemente utilizadas como ferramentas para manipular a opinião pública, desviando a atenção de questões reais e criando inimigos fictícios. Isso é particularmente problemático em contextos políticos, onde essas narrativas podem ser usadas para desestabilizar processos democráticos e enganar a população.
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