“Profunda preocupação”, dizem Brasil e Colômbia sobre prisão de González
Mandado de prisão contra González decorre de pressão do regime sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho
Os governos de Brasil e Colômbia publicaram uma nota conjunta descrevendo “profunda preocupação” pela expedição do mandado de prisão contra o ex-presidenciável da oposição venezuelana, Edmundo González (foto).
“Os governos de Brasil e Colômbia manifestam profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, no dia de ontem, 2 de setembro”, diz a nota, publicada nesta quarta-feira, 3 de setembro.
“Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas”, acrescenta.
González não se entregou às autoridades chavistas até às 20h20 desta quarta.
Amorim agora “se preocupa”
Mais cedo nesta terça, o assessor especial da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim chamou de “muito preocupante” o mandado de prisão, expedido na segunda, 2 de setembro.
“Seria uma prisão política, e nós [Brasil] não aceitamos prisões políticas”, disse Amorim em entrevista à agência de notícias Reuters nesta terça, 3.
O assessor especial omite a existência de presos políticos na Venezuela.
Segundo a ONG venezuelana Foro Penal, havia 245 prisioneiros políticos em centros de detenção pelo país em 2023. Em um deles, El Helicoide, em Caracas, os presos são submetidos a “tortura horrenda, incluindo choques elétricos, afogamento simulado e violência sexual“.
Mandado de prisão
A Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, anunciou que um tribunal expediu um mandado de prisão contra o ex-presidenciável da oposição Edmundo González nesta segunda-feira, 2 de setembro.
O procurador-geral, Tarek Saab, compartilhou uma foto do mandado à agência de notícias britânica Reuters.
Mais cedo, o Ministério Público havia pedido o mandado. A medida se dá após González faltar pela terceira vez em uma semana a intimações da Procuradoria-Geral da República — na segunda, 26, na terça, 27, na sexta, 30.
A procuradoria, controlada pelo chavismo, intimava o diplomata para prestar depoimento sobre a apuração paralela das eleições de 28 de julho.
Segundo a oposição,…
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