Cientista russo é condenado a 15 anos por traição
Um tribunal de Moscou considerou o pesquisador Alexander Shiplyuk culpado na terça-feira, 3 de setembro, de “trair segredos de Estado”
Um proeminente cientista na Rússia foi condenado a 15 anos num campo de prisioneiros sob a acusação de “traição”. Um tribunal de Moscou considerou o pesquisador Alexander Shiplyuk culpado na terça-feira, 3 de setembro, de “trair segredos de Estado”, informou a agência de notícias Tass.
O diretor do Instituto Christianowitsch de Mecânica Teórica e Aplicada em Novosibirsk, Sibéria, foi preso no verão de 2022 e está sob custódia em Moscou desde então.
Segundo a mídia russa, Shiplyuk teria repassado informações sobre as armas supersônicas da Rússia a representantes de outros estados. O julgamento contra ele ocorreu a portas fechadas. De acordo com Tass, o homem de 57 anos se declarou inocente. O físico esteve envolvido no desenvolvimento de mísseis hipersônicos russos, conforme noticiado por agências de notícias russas.
Em maio, um colega preso na mesma época que Shiplyuk também foi condenado a 14 anos de prisão por traição. De acordo com relatos da mídia russa, ele foi acusado de passar dados secretos sobre o programa de mísseis supersônicos da Rússia para a inteligência alemã.
Desde que a ofensiva russa na Ucrânia começou em Fevereiro de 2022, Moscou intensificou a sua repressão aos cientistas. No total, pelo menos mais três cientistas de Novosibirsk – um importante local de investigação russo – foram presos desde então.
Ucrânia condena Mongólia por não prende Putin
A Ucrânia pediu que a Mongólia enfrente “consequências” após sua recusa em prender Vladimir Putin durante a primeira visita do líder russo a uma nação membro do tribunal criminal internacional desde que emitiu um mandado de prisão para ele no ano passado.
Putin foi recebido com tapete vermelho na terça-feira, 3 de setembro, durante uma visita de estado à Mongólia, um país escassamente povoado imprensado entre a Rússia e a China. Ele manteve conversas com o presidente Ukhnaagiin Khürelsükh.
Heorhii Tykhii, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, chamou a decisão da Mongólia de não prender Putin de “um duro golpe para o TPI e o sistema de justiça criminal internacional”.
“A Mongólia permitiu que o criminoso indiciado escapasse da justiça, compartilhando assim a responsabilidade por seus crimes de guerra. Trabalharemos com parceiros para garantir que isso tenha consequências para Ulaanbaatar”, escreveu Tykhii no X.
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