Ferrari e brasileiro surpreendem no GP da Itália
Ferrari e Leclerc brilham, Piastri se afirma, Red Bull despenca e brasileiro chama a atenção das equipes da Fórmula 1
Charles Leclerc venceu o GP da Itália de 2024 em Monza, conquistando a primeira vitória da Ferrari em casa após cinco anos. A estratégia de uma única parada do monegasco superou a tática de duas paradas da McLaren.
Oscar Piastri liderou grande parte da corrida, mas terminou em segundo, enquanto Lando Norris se recuperou de um erro na primeira volta para alcançar o terceiro lugar e marcar a volta mais rápida.
Max Verstappen terminou em sexto, prejudicado por uma parada lenta, mas sobretudo por um carro desequilibrado. Na Fórmula 2, tivemos show do brasileiro Gabriel Bortoleto. Vamos agora à análise de quem ganhou e quem perdeu nesse fim de semana:
Quem ganhou
Charles Leclerc foi o grande herói do GP da Itália, vencendo em Monza diante da torcida italiana depois de sofrer nas últimas etapas. O feito dessa vitória no monegasco, que só havia ganhado esse ano no seu próprio país, uma pista com características muito diferentes, reafirma seu talento, especialmente em momentos de alta pressão, e dá à Ferrari uma injeção de ânimo muito necessária em casa.
Ferrari – O fato dos pneus durarem o suficiente para utilizar uma estratégia ousada de uma única parada nos boxes, se mostrou crucial para Leclerc manter a liderança na fase final da corrida. O triunfo em Monza dá esperanças de que o novo pacote aerodinâmico introduzido volte a se mostrar eficiente em outras pistas, possibilitando aos italianos também ameaçar a Red Bull no campeonato de construtores. Será?
Oscar Piastri – O jovem australiano continua impressionando em sua temporada de estreia na Fórmula 1. Em Monza, ele conseguiu superar seu companheiro de equipe, Lando Norris, e terminou na segunda posição. Esse desempenho sólido não apenas reforça seu status como um dos futuros astros da F1, mas também mostra que ele está cada vez mais confortável e competitivo no carro, o que pode ser uma dor de cabeça para Norris em sua busca pelo título. Será que a equipe vai intervir e arriscar melar sua relação com quem é claramente um grande nome para o futuro? Veremos.
Alexander Albon – o piloto principal da Williams, foi outro grande destaque na Itália. Albon conseguiu levar seu carro até a nona posição, conquistando pontos valiosos para sua equipe. Em um campeonato dominado por equipes maiores, o desempenho de Albon e do próprio carro foram notáveis, pois ele conseguiu extrair o máximo de um carro que recebeu melhorias importantes recentemente, mas ainda está longe das líderes.
Franco Colapinto – O argentino que fez sua estreia na Fórmula 1 substituindo Logan Sargeant, surpreendeu ao terminar em 12º lugar com o outro carro d Williams, este sem as atualizações, já que foram destruídas pelo americano na corrida anterior. Considerando sua inexperiência e a pressão de correr em Monza, essa posição foi um belo feito. Colapinto conseguiu manter um ritmo competitivo e evitou erros, o que é crucial para um novato. Seu desempenho mostra que ele tem potencial para evoluir e talvez conquistar uma vaga permanente no futuro, possivelmente entrando na disputa com Bottas, Bortoleto e outros na Sauber.
Quem perdeu
Lando Norris – Embora Lando Norris tenha terminado em terceiro lugar, o que à primeira vista parece um bom resultado, ele foi superado pelo seu companheiro de equipe, Oscar Piastri, o que certamente impacta sua confiança. Norris, que se estabeleceu como o líder da McLaren nos últimos anos, viu Piastri tomar a dianteira na Itália. Isso levanta questões sobre sua capacidade de continuar sendo o piloto número um da equipe em uma temporada onde a competitividade interna na McLaren está cada vez mais acirrada.
Red Bull – A equipe que começou muito bem a temporada de 2024, teve um desempenho decepcionante em Monza. Max Verstappen, acostumado a terminar no pódio, ficou apenas na sexta posição, lutando com problemas de ritmo e uma estratégia que não funcionou como o esperado. Sergio Pérez, seu companheiro de equipe, também teve dificuldades e terminou em oitavo. Esse resultado foi um alerta para a equipe, que viu sua supremacia ameaçada em um circuito onde normalmente se espera que os carros mais rápidos brilhem.
Mercedes – Teve um fim de semana abaixo das expectativas, com Lewis Hamilton e George Russell terminando em quinto e sétimo, respectivamente. Embora esses resultados não sejam desastrosos, eles evidenciam a dificuldade da equipe em acompanhar o ritmo das líderes Ferrari e McLaren em Monza. A Mercedes, que dominou as vitórias na Fórmula 1, continua lutando para se manter competitiva em um campeonato cada vez mais equilibrado.
Kevin Magnussen – O dinamarquês conseguiu terminar nos pontos, mas foi um dos pilotos que menos se destacou positivamente. Sua décima posição com a Haas foi o melhor que ele poderia fazer, mas não foi o suficiente para empolgar ou trazer um resultado significativo para a equipe. Magnussen ainda luta para mostrar consistência, e a Haas continua sofrendo com a falta de competitividade do carro.
Aston Martin – Teve um fim de semana para esquecer, com Fernando Alonso e Lance Stroll lutando no meio do pelotão. Alonso terminou em 11º e Stroll em 19º, um resultado que certamente não condiz com as expectativas da equipe. Tudo que eu falar da equipe desse parágrafo em diante pode soar repetitivo, mas é verdadeiro: enquanto não entenderem porque as atualizações trazidas para seus carros não funcionam como o esperado, seguirão decepcionando e correndo o risco de apanhar de Willliams e Haas, como nesse fim de semana.
Já na Fórmula 2, categoria de acesso à F1 que corre no mesmo fim de semana e pista do GP da Itália, tivemos uma apresentação magistral do brasileiro Gabriel Bortoleto, que saiu da 22ª e última colocação e venceu a corrida de domingo, encostando no líder do campeonado, o francês Isack Hadjar, que está em seu segundo ano na categoria.
Gabriel foi campão da Fórmula 3 no ano passado e vem fazendo uma temporada de estreia muito sólida e que está chamando a atenção das equipes da categoria principal. Para o ano que vem só existe uma vaga disponível na Fórmula 1, na Sauber que será Audi, mas lá ele não está sozinho na disputa: há o atual titular e representante da opção pela experiência, Valtteri Bottas, que força por um contrato de dois anos, e o reserva e novato Theo Pourcharie, campeão da F2 de 2023. A ver.
Eis o resultado completo do GP da Itália:
1) Charles Leclerc (Ferrari), 53 voltas
2) Oscar Piastri (McLaren/Mercedes), (+2.664s)
3) Lando Norris (McLaren/Mercedes), (+6.153s)
4) Carlos Sainz (Ferrari), (+15.621s)
5) Lewis Hamilton (Mercedes), (+-22.820s)
6) Max Verstappen (Red Bull/Honda RBPT), (+37.932s)
7) George Russell (Mercedes), (+39.715s) –
8) Sergio Pérez (Red Bull/Honda RBPT), (+54.148s)
9) Alexander Albon (Williams/Mercedes), (+1’07.456s)
10) Kevin Magnussen (Haas/Ferrari), (+1’08.302s)
11) Fernando Alonso (Aston Martin/Mercedes), (+1’08.495s)
12) Franco Colapinto (Williams/Mercedes), (+1’21.308s)
13) Daniel Ricciardo (RB/Honda RBPT), (+1’33.452s)
14) Esteban Ocon (Alpine/Renault), 1 volta atrás
15) Pierre Gasly (Alpine/Renault), 1 volta atrás
16) Valtteri Bottas (Sauber/Ferrari), 1 volta atrás
17) Nico Hulkenberg (Haas/Ferrari), 1 volta atrás
18) Zhou Guanyu (Sauber/Ferrari), 1 volta atrás
19) Lance Stroll (Aston Martin/Mercedes), 1 volta atrás
Yuki Tsunoda (RB/Honda RBPT), Abandonou na volta 7
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