Mais de cem mortos em tentativa de fuga de presídio no Congo
A tentativa de fuga em massa, acompanhada de intenso tiroteio, deixou a população em pânico e expôs a gravidade da superlotação e das condições precárias da penitenciária
Um tumulto mortal tomou conta da maior prisão da República Democrática do Congo, Makala, na capital Kinshasa, na madrugada desta segunda-feira, 2, resultando em mais de 100 mortos.
A tentativa de fuga em massa, acompanhada de intenso tiroteio, deixou a população em pânico e expôs a gravidade da superlotação e das condições precárias da penitenciária.
O porta-voz do governo, Patrick Muyaya, confirmou a tentativa de fuga em um post na rede social X e destacou a presença das forças de segurança no local para restaurar a ordem. Relatos de moradores indicam que os disparos começaram por volta da meia-noite, com as forças de segurança cercando a área até o amanhecer. Vídeos circulando nas redes sociais mostravam corpos espalhados pelo chão dentro da prisão.
A superlotação é um problema crônico na prisão de Makala, que abriga mais de 12.000 presos, apesar de sua capacidade para apenas 1.500. A maioria dos detentos está à espera de julgamento. O governo havia iniciado recentemente esforços para aliviar essa pressão, com a liberação de alguns presos nos últimos meses.
O ministro da justiça, Constant Mutamba, descreveu o incidente como um “ato premeditado de sabotagem” contra as tentativas do governo de melhorar as condições das prisões. Ele prometeu uma resposta severa aos responsáveis e anunciou a suspensão de transferências de presos e a construção de uma nova prisão para combater a superlotação.
O presidente Felix Tshisekedi, que está em visita oficial à China, ainda não se pronunciou sobre o ocorrido, mas a situação na prisão de Makala se soma a uma série de crises enfrentadas pelo governo congolês.
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