Descoberta de cauda de dinossauro preservada em âmbar revoluciona estudos paleontológicos
Detalhes microscópicos de penas e ossos são revelados neste achado de 99 milhões de anos.
Em 2015, uma mulher chamada Lida Xing encontrou um pedaço de âmbar aparentemente envolto em uma planta em um mercado de Myanmar. Fascinada pelo objeto, ela decidiu comprá-lo, mas após um exame mais atento, algo parecia errado com sua aquisição.
Para esclarecer suas dúvidas, Lida sugeriu ao Instituto Dexu de Paleontologia que estudasse o material. Uma inspeção mais detalhada revelou um achado extraordinário e surpreendente. O que Lida pensava ser uma planta era, na verdade, uma cauda emplumada de um jovem celurossauro, um dinossauro terópode relacionado às aves modernas. Esse fóssil incrível possui impressionantes 99 milhões de anos e quase foi vendido como uma bugiganga qualquer.
Desvendando um dinossauro
A descoberta da cauda de celurossauro trouxe um novo olhar sobre a evolução das espécies. Usando tomografias e outras tecnologias modernas, os cientistas notaram que a estrutura dentro do âmbar era muito mais complexa do que uma simples planta. A cauda bem preservada permitiu a identificação do dinossauro terópode, um grupo que inclui espécies carnívoras e ancestrais das aves.
Ryan McKellar, coautor do estudo, comentou em 2016 sobre a descoberta. “O novo material preserva uma cauda composta por oito vértebras de um animal jovem; elas são cercadas por penas preservadas em 3D e com detalhes microscópicos”, explicou.
Como a descoberta ajuda a entender a evolução das aves?
O fóssil da cauda emplumada não é apenas uma peça de museu. Ele traz consigo evidências de que a evolução das aves foi diretamente influenciada por dinossauros pequenos, muitos dos quais tinham uma aparência mais “fofa” do que imaginado. Essa descoberta abre novas oportunidades para os pesquisadores explorarem as características e comportamentos desses dinossauros menores.
As penas, ao que tudo indica, não eram usadas inicialmente para o voo, mas para outras funções como exibição e proteção contra predadores. O âmbar preservou detalhes tão minuciosos que os cientistas puderam estudar a estrutura das penas, proporcionando mais informações sobre como esses dinossauros podiam ter se movimentado e vivido.
Por que a preservação em âmbar é tão importante?
A cauda do dinossauro preservada em âmbar, com seus impressionantes 99 milhões de anos, reforça a teoria de que as aves modernas descendem dos dinossauros. A preservação detalhada no âmbar permitiu aos pesquisadores estudarem a estrutura das penas e a condição da pele e dos ossos do dinossauro, gerando insights valiosos.
- As penas podem ter sido usadas para exibição e proteção.
- A preservação em âmbar oferece detalhes precisos da anatomia do dinossauro.
- Permite entender melhor a transição dos dinossauros para as aves modernas.
“É incrível ver todos os detalhes da cauda de um dinossauro — os ossos, a carne, a pele e as penas — e imaginar como esse pequeno indivíduo ficou com a cauda presa na resina e então provavelmente morreu porque não conseguiu se soltar”, comentou o professor Mike Benton em entrevista à BBC.
Quais são os próximos passos para os paleontólogos?
Os estudos sobre essa descoberta ainda estão em curso. Os paleontólogos planejam utilizar essas informações para aprofundar o conhecimento sobre a evolução das aves e os hábitos dos dinossauros pequenos. É uma área de pesquisa que promete revelar ainda mais surpresas no futuro.
- Continuar estudos detalhados da cauda e penas preservadas.
- Comparar com outros fósseis de dinossauros emplumados.
- Explorar possíveis novos usos do âmbar em paleontologia.
Essa descoberta destacou-se não apenas por sua raridade, mas por sua capacidade de lançar luz sobre a complexa evolução dos dinossauros para as aves que conhecemos hoje. É uma evidência palpável de que ainda há muito a ser descoberto no fascinante mundo da paleontologia.
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