As modalidades que só existem nas Paralimpíadas
Explore esportes paraolímpicos exclusivos durante os Jogos Paris 2024: descubra as regras da bocha e a natureza do goalball e saiba mais sobre os Jogos.
Desde 1988, os atletas paralímpicos utilizam os mesmos locais de competição das Olimpíadas. Este ano, isso não é diferente, com o início dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 nesta quarta-feira, 28 de agosto. Os 4.400 atletas de 185 países disputarão 549 medalhas de ouro em 22 modalidades ao longo de dez dias.
Apesar das semelhanças entre as modalidades das Olimpíadas e Paralimpíadas, existem dois esportes exclusivos dos Jogos Paralímpicos: a bocha e o golbol. Estes esportes destacam-se por proporcionar oportunidades de competição para atletas com diferentes tipos de deficiências, criando um ambiente competitivo único.
Bocha Paralímpica: Um Esporte de Precisão e Estratégia
A bocha, cujo nome deriva do italiano “boccia” que significa bola, é um esporte altamente popular em vários países europeus, como Itália, França, Espanha e Reino Unido. A versão paralímpica do jogo existe desde 1984 e é adaptada para atletas com sérias deficiências.
As partidas de bocha são disputadas em um campo coberto de cerca de 12 metros de comprimento por 6 metros de largura, podendo ser jogadas individualmente, em duplas ou em equipes de três pessoas. O principal objetivo do jogo é arremessar ou lançar as bolas o mais próximo possível de uma bola menor, chamada de “jack”, utilizando táticas para bloquear o avanço do adversário.
Quais são as Regras da Bocha Paralímpica?
O jogo de bocha é dividido em tempos: quatro para partidas individuais ou duplas e seis para equipes de três. Os jogadores têm a liberdade de usar as mãos ou outras partes do corpo para lançar as bolas, podendo até mesmo requisitar ajuda. A força e a distância não são determinantes; o que conta é a precisão e a estratégia.
- Campo de jogo: 12m x 6m
- Equipes: individual, duplas, ou trios
- Objetivo: Aproximar-se da bola “jack”
- Duração: 4 tempos (individuais/duplas) e 6 tempos (trios)
O Brasil tem uma rica história na bocha paralímpica, com destaque para a medalha de bronze conquistada nos Jogos de Tóquio 2020. Além disso, a equipe brasileira busca melhorar seu desempenho em Paris 2024, enfrentando fortes adversários europeus.
Golbol: Reabilitação que Evoluiu para um Esporte Competitivo
O golbol foi criado em 1946 pelos austríaco Hans Lorenzen e alemão Sepp Reindle, com o objetivo inicial de reabilitar veteranos de guerra com problemas de visão. O esporte é praticado por duas equipes de três jogadores, que defendem um gol de nove metros de comprimento.
O objetivo é simples: evitar que a bola, equipada com sinalizadores sonoros, entre no gol. Os jogadores utilizam vendas nos olhos para garantir igualdade competitiva e podem usar todo o corpo para defender o gol. A bola pode ser arremessada a até 70 km/h, tornando o esporte desafiador e emocionante.
Por que o Golbol é Importante nas Paralimpíadas?
O golbol foi incluído como esporte de exibição nos Jogos Paralímpicos de 1976 e tornou-se uma modalidade oficial em 1980. Desde então, o esporte tem crescido em popularidade e competitividade. O Brasil é uma potência global no golbol, tendo conquistado a medalha de ouro na competição masculina em Tóquio 2020.
- Equipes: 3 jogadores cada
- Gol: 9 metros de largura
- Objetivo: Bloquear a bola sonora
- Origem: Reabilitação pós-guerra (1946)
As competições de golbol são emocionantes e requerem alta concentração e resistência física. A inclusão desse esporte nas Paralimpíadas exemplifica a diversidade e a inclusão que os Jogos buscam promover.
Com as Paralimpíadas de Paris 2024 em pleno andamento, os olhos do mundo estão voltados para a incrível habilidade e determinação dos atletas. Tanto a bocha quanto o golbol exemplificam o espírito dos Jogos Paralímpicos, destacando o talento e a resiliência dos competidores em busca do ouro.
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